AESIATI propõe soluções para problemas do SIA

Na semana em que o setor completa 49 anos, empresários, representantes do governo, quiosqueiros e administrador discutem alternativas de melhoria para a região
Brasília, 16 de julho de 2009 Na última quarta-feira, 15, a Associação das Empresas do Setor de Indústria, Abastecimento, Transportes, Cargas e Inflamáveis do Distrito Federal (AESIATI) promoveu um debate para tratar de assuntos que há tempos prejudicam a organização do Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA) área do DF que responde por 56% do PIB local.Vários membros e diretores da associação, além de representantes de órgãos do governo e o administrador da 29ª Região Administrativa, Miguel Lunardi, discutiram possíveis soluções para problemas de transporte, estacionamento, urbanização, iluminação e poluição visual existentes no setor.
Mais uma vez, a necessidade de regularização dos quiosques foi o assunto mais polêmico e debatido na noite. Presente na reunião, um dos representantes dos “quiosqueiros, Carlos Rosa de Faria, manifestou a preocupação da classe em cumprir a lei de ordenação e padronização destes estabelecimentos. Estamos em pleno acordo para reordenar os quiosques e melhorar o SIA. Vamos cumprir aquilo que o administrador propor, assegurou.
Dos 280 quiosques presentes na região, cerca de 100 estão irregulares. Alguns ultrapassam o tamanho de 60m² permitidos pela lei. Outros servem de moradia ou estão localizados em áreas proibidas, tomando espaços de estacionamento, prejudicando a visibilidade nos retornos e impedindo a passagem de pedestres nas calçadas laterais. A primeira solução proposta foi a padronização dos quiosques, apoiada pela própria categoria. Em princípio, os quiosqueiros terão que adequar seus estabelecimentos ao tamanho máximo permitido e desapropriar locais que atrapalham o trânsito da região.
Os empresários também não ficariam de fora da padronização, de acordo com uma das sugestões levantadas no debate. A ideia é que sejam desfeitos os retornos construídos ilegal e intencionalmente perto de certos empreendimentos. Esses retornos fora de lugar favorecem alguns estabelecimentos e prejudicam outros, além de diminuir a quantidade de vagas para carros. A meta é a padronização do setor, para torná-lo mais agradável e bonito. Por isso, agora, os únicos retornos permitidos são os principais, no final de cada trecho, alega o presidente da AESIATI, Hélio Aveiro.
Para acabar de vez com o problema da falta de estacionamento, duas soluções foram sugeridas. A primeira é a fiscalização maçante e permanente, para desacostumar os motoristas a estacionar em locais indevidos; e a segunda é transformar áreas públicas inutilizadas em estacionamentos, o que necessita de autorização do governo. Uma comissão composta por empresários de vários setores foi formada durante a reunião e cuidará desse assunto, sanando as questões pendentes o mais breve possível.
Segundo Aveiro, é imprescindível a estruturação do SIA para o crescimento da região. Com a desorganização e falta de padronização do setor, perdemos a oportunidade para receber novos entrantes. Precisamos resolver as pendências o mais rápido possível, para não nos prejudicarmos com perda de negócios”, explica.
Infrações estão sendo punidas e acabam incomodando os freqüentadores do setor. Porém, isso não é questão preocupante para o administrador da região, Miguel Lunardi. Organizar o SIA é um trabalho todos. Não pode prevalecer o interesse individual ao coletivo. Não adianta um ou outro ficar reclamando. Todo mundo tem que se sacrificar um pouco, completa Lunardi.
Sobre a AESIATI A Associação das Empresas do Setor de Indústria, Abastecimento, Transportes, Cargas e Inflamáveis do Distrito Federal foi criada no dia 8 de dezembro de 2004. O objetivo da entidade é interagir com o governo e outros segmentos sociais e buscar soluções para os problemas modernos do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), que surgem em função do crescimento acelerado da região, que já concentra mais de 50% do PIB do DF. Em pouco tempo, o trabalho da AESIATI já rendeu frutos. O SIA tornou-se uma Região Administrativa (RA), ganhou uma Delegacia de Polícia (8ª DP) e os investimentos em infra-estrutura aumentaram, beneficiando, inclusive, os deficientes físicos, que agora têm melhor acessibilidade ao local. A expectativa é continuar articulando as políticas públicas para o atendimento das demandas sociais, para redução da violência, melhoria da qualidade de vida e revitalização do SIA.

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