Declarações de Ciro deixam pulgas nas orelhas dos petistas
PT não quer ver deputado cearense com malas e bagagens em ninho tucano
O Partido dos Trabalhadores (PT) está assustado com as declarações do deputado federal Ciro Gomes de que perde vontade de concorrer ao Planalto se o governador Aécio Neves for o candidato do PSDB à presidência da República. Os petistas avaliam que Ciro pode apoiar Aécio e deixar o palanque da ministra Dilma Roussef.
O PSDB do governador José Serra quer que Aécio fique distante de Ciro Gomes, mas o governador mineiro não esconde de ninguém que se for candidato o nome ideal para ser seu vice é do socialista Ciro Gomes. Há obstáculos a serem superados como por exemplo, Ciro precisa convencer seu partido o PSB, comandado pelo governador Eduardo Campos a romper com o PT. Uma tarefa complicada, mas que não pode ser inteiramente descartada.
A perspectiva da aliança nacional PSDB-PSB com a chapa Aécio-Ciro Gomes provoca arrepios no governador Cid Gomes e principalmente no PT cearense. Cid seria obrigado a apoiar a candidatura presidencial tucana e nesse caso o PT forçadamente teria que assegurar um palanque para a ministra Dilma Roussef no Ceará. Nesse cenário há a possibilidade do PT romper com Cid, desistir de apoiar a sua reeleição e ter candidato próprio ao Governo do Ceará. Só que por enquanto, nem Cid nem os caciques petistas cogitam essa possibilidade, de acordo com o jornal Correio Brasiliense, na matéria “Os soldados de Dilma”.
A pré-campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República vai de vento em popa e tem até reunião marcada para esta segunda-feira, em São Paulo. Inicialmente, farão parte desse grupo um triunvirato de ex-prefeitos: João Paulo, de Recife (PE), Marta Suplicy, de São Paulo, e Fernando Pimentel, de Belo Horizonte (MG). A escolha dos três para pensar a estratégia política de agregar aliados e definir conversas com vistas a 2010 vai além do fato de estarem os três sem mandato.
João Paulo pertence ao grupo Mensagem ao Partido, do ministro da Justiça, Tarso Genro. Pimentel integra o primeiro time do antigo Campo Majoritário, que hoje responde pelo nome de Construindo um Novo Brasil. E Marta é da tendência Novo Rumo, onde estão Ruy Falcão, Gilmar Tatto e outros nomes ligados à ex-prefeita. Todos administraram cidades-polo em termos eleitorais. Marta e Pimentel comandaram as capitais dos estados que reúnem os maiores colégios eleitorais do país. E João Paulo vem de Recife, uma das principais cidades do Nordeste.
Esse grupo, além do marqueteiro João Santana, que sempre dá palpites, forma o estafe político da ministra, cuidando quase que exclusivamente de sua pré-campanha. O primeiro desafio já foi vencido: tornar o nome de Dilma consenso em quase todo o PT. A segunda fase é cuidar para que a eleição interna do PT este ano não crie abalos nem nessa preferência e, se possível construir uma chapa única, coisa que o triunvirato considera difícil, até porque o registro de candidaturas se encerra no dia 25, ou seja, resta pouco tempo para buscar consenso em torno de José Eduardo Dutra, o nome que conta com a torcida e o voto do presidente Lula. É isso que estará em discussão na reunião de hoje. ( Redação com sites e Correio Brasiliense)
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