Ano da França no Brasil descentraliza programação cultural e leva eventos para os quatro cantos do País
Trazer a França ao Brasil. A proposta não seria completa se não abrangesse a multiplicidade cultural francesa, seus aspectos contemporâneos e seu gosto tradicional. Mas isso não é o suficiente. As ações devem chegar a todas as regiões do país, para permitir que o maior número possível de brasileiros possa ter acesso aos eventos e manifestações culturais. Este é o grande desafio do Ano da França no Brasil.
“O objetivo do Comissariado brasileiro do Ano da França no Brasil foi de evitar uma concentração grande no Sudeste. Para isso, tentamos privilegiar propostas de eventos em outras regiões do País”, explicou o gerente de Intercâmbio e Projetos Especiais do Ministério da Cultura, Rodrigo Galletti.
O esforço tem dado resultados. Ao olhar para a programação do Ano da França no Brasil, o número de eventos que foram ou serão realizados fora do chamado eixo Rio – São Paulo salta aos olhos. Os exemplos são infindáveis: a exposição “Middle of Nowhere” em Mazagão Velho, o Festival Amazonas de Ópera em Manaus, o Festival Internacional de Música do Pará em Belém, a exposição “100 X France” em Fortaleza, o espetáculo Boyakodah da Companhia de Dança Georges Momboye em Salvador, além de espetáculos do projeto “Eu Faço Cultura” em Aracaju, Fortaleza, Natal, Recife, João Pessoa, Porto Velho, Rio Branco...
Confira destaques da programação de AGOSTO
Em agosto, a programação oficial do Ano da França no Brasil tem grandes destaques fora do Rio e de São Paulo. Entre eles, o Colóquio sobre a Cooperação Franco-Brasileira na Amazônia em Belém, a mostra “Experimentar a Matemática” em Palmas e a Escola Temporária de Artes França-Brasil, emPorto Alegre e São Leopoldo. Vale destacar ainda as exposições “O Mundo Mágico de Marc Chagall – o sonho e a vida” e “Rodin, do Ateliê ao Museu” em Belo Horizonte.
É o caso do Colóquio sobre a Cooperação Franco-Brasileira na Amazônia, que será realizado em agosto no Museu Goeldi. O evento tem como objetivo difundir os resultados dos principais projetos realizados no âmbito da cooperação franco-brasileira na Amazônia nos últimos cinco anos. Para tanto, estarão presentes pesquisadores brasileiros e franceses para discutir os ganhos obtidos e lições aprendidas.
No sul do País, professores universitários franceses e especialistas brasileiros irão a Porto Alegre e São Leopoldo também em agosto para participar da Escola Temporária de Artes França-Brasil e debater o tema La Machinerie de l’Art (A Maquinaria da Arte). Já Palmas, capital do Tocantins, está na rota da mostra “Experimentar a Matemática”, que já passou por países da África, América do Norte e América do Sul. A mostra, que abre no fim do mês, vai mostrar como a matemática interage no cotidiano das pessoas, fazendo parte de seu dia-a-dia.
Apenas desta maneira é possível fazer um Ano da França no Brasil ao pé da letra. A França traz ao Brasil um país moderno que atua em todas as áreas da criação humana, um país diverso e aberto. O Brasil, por sua vez, recebe e estende essa ação a todas as regiões do país, promovendo a política de territorialidade do Governo Federal.
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