A cúpula do PSB reúne-se com Lula nesta quarta (12).
Vai discutir com o presidente o destino eleitoral do deputado Ciro Gomes (PSB-CE).
Lula deseja converter Ciro em seu candidato ao governo de São Paulo.
O deputado e o partido dele, conforme noticiado aqui, pensam de outra maneira.
Por ora, preferem manter Ciro pendurado nas manchetes como alternativa presidencial.
O senador Renato Casagrande, secretário-geral do PSB, explicou ao blog as razões de sua legenda:
“Queremos discutir com o presidente qual é a melhor estratégia. Retirar o nome do Ciro da disputa nacional pode levar a arrependimentos futuros”.
Por quê? “Achamos que uma disputa plebiscitária no primeiro turno [entre Dilma Rousseff e José Serra] é arriscada...”
“...Entrar numa eleição como essa sem uma rede de proteção é algo muito perigoso. O tudo ou nada do plebiscito equivale a tentar definir a eleição num tiro só...”
“...o problema é que o tiro certeiro pode ser disparado pelo outro lado. Com mais candidatos, o governo tem maior chance de levar alguém para o segundo turno”.
Casagrande diz que o cenário de 2010 está “recoberto por um nevoeiro”. Para o PSB, a conjuntura exige “uma observação mais cuidadosa dos fatos”.
O senador leva ao caldeirão de dúvidas uma incógnita nova:
“Com a possibilidade de a Marina [Silva] entrar na disputa, tornou-se ainda mais importante manter a candidatura presidencial do Ciro”.
O partido tentará convencer Lula de que não é hora de tomar decisões. Quer empurrar a definição para o começo de 2010.
“Achamos que agora é hora de fortalecer o nome do Ciro, não o contrário”, arremata Casagrande.
Do blog do Josias de Souza
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