Querem me mostrar como oportunista
Eunício Oliveira nega pretensão de concorrer ao Governo
Desde 2006, o deputado federal Eunício Oliveira (PMDB) propagandeia sua candidatura ao Senado Federal, após o partido deliberar internamente por isso. Esse final de semana, porém, rumores deram conta de um novo destino ao peemedebista: no próximo ano, caso não fosse lançado oficialmente ao Senado pela base de apoio ao Executivo, ele concorreria ao Governo do Estado.
A declaração teria sido dada pelo próprio Eunício durante visita ao município de Milagres na última sexta-feira, justamente quando o parlamentar acompanhava o governador Cid Gomes (PSB) na entrega de obras para a região.
Procurado pelo O Estado, o deputado confirmou a passagem pela cidade. Contudo, desmentiu as supostas afirmações. A entrevista foi concedida à reportagem por telefone e direto do Rio de Janeiro. “Como é, rapaz! Eu candidato ao Governo? Eu não estava nem embriagado para dizer isso. Mas fazer o que, né Bruno? Essas coisas, a gente precisa ficar quieto. Isso é para me deixar instável. Querem me mostrar como oportunista”, revidou.
Segundo ele, a decisão pela sua campanha ao Senado foi unânime e não há mudanças. Por conta disso, qualquer outro cenário pintado acabou classificado por Oliveira como “coisas que não existem” e “conversas de rua”. “Todo dia tem uma conversa nova. Esses dias, disseram que eu estava horrorizado com a saída do Domingos Neto [filho do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Filho (PMDB)] do PMDB. Tem gente forçando a barra”, complementou.
Eunício cogitou a saída dos rumores da oposição à base governista e com dois intuitos claros: prejudicar sua candidatura e minar a relação que tem com Cid. Tudo num ar diplomático e sem citar nomes para evitar comprometimentos. Afinal, o momento é delicado para a costura de alianças visando 2010. “Qual o motivo para eu não ser candidato ao Senado, se o governador cansa de dizer isso? Daqui prá frente, vão querer fazer todo tipo de intriga. Isso é coisa de quem quer fazer intriga”, pontuou.
Ele descartou a possibilidade dos boatos surtirem o efeito para o qual, conforme afirmou, foram criados. E disse que conhece Cid o suficiente para assegurar um “final feliz” e sem rusgas entre os dois. “Lamentavelmente, não posso escolher meus adversários. Então, tenho que enfrentá-los. Daqui a uns dias, vão querer arranjar prá mim um filho ou uma mulher fora do casamento. Só falta isso agora”, especulou.
TAREFA DO GOVERNADOR
O deputado comentou ainda alguns aspectos sobre a eleição do ano que vem. Segundo ele, ainda não há nada decidido na base de apoio ao Palácio Iracema sobre qual partido lançará candidato para brigar pela segunda vaga ao Senado. De acordo com Eunício, tudo vai depender de uma articulação entre as 12 agremiações hoje envolvidas na aliança pró-Cid.
“Essa é uma tarefa do governador na qual o PMDB não vai se meter. O que for escolhido, terá o nosso aval”, adiantou, ficando reticente quanto à possibilidade do ministro da Previdência, José Pimentel (PT), ser o nome indicado. Hoje, o petista é endossado pela prefeita Luizianne Lins (PT) e até pelo presidente Lula. “Se vai ser ele, eu não sei e nem depende de mim. Só sei que a minha candidatura está certa. Se for ele, ótimo. Se for qualquer outro companheiro, ótimo”, desconversou.
Oliveira revelou que algumas pesquisas internas já têm sido realizadas tanto em Fortaleza quanto no Interior para saber o grau de aceitação dos pré-candidatos. O nome do PSDB para a disputa, o senador Tasso Jereissati, teria cerca de 70% de aceitação; Eunício somaria 45% e Pimentel 9%.
Por conta disso, o deputado rebateu as previsões de que uma segunda chapa com representante da base de Cid desestruture sua campanha. “Como são duas vagas e eu só quero uma, não vejo ninguém dentro da aliança que possa atrapalhar nossa candidatura”, avaliou.
fora neoliberais?
Por fim, ele analisou as falas de Luizianne Lins sobre a corrida eleitoral. Há duas semanas, a prefeita de Fortaleza disse com exclusividade ao O Estado que a base governista tem como missão tirar a política neoliberal do Ceará. Numa linguagem simplificada, o mesmo que declarar guerra ao PSDB.
Entretanto, o parlamentar adotou um tom de cautela quando questionado se concordava com a petista. “Não! Nossa missão é dar apoio a ela e ao governador Cid Gomes. Essa é uma decisão político-administrativa. As questões ideológicas existem e todos sabem. Mas as palavras de outra pessoa nem sempre são as nossas”, contrapôs.
Nesse aspecto, o peemedebista recusou-se a falar sobre a possível entrada dos tucanos na coligação pela re-eleição de Cid.
Atualmente, o PSDB negocia com o governador a oficialização de um elo, desde que o Palácio defenda a manutenção de Tasso no Senado. Em dado momento, Eunício tipificou o assunto como “fora de pauta”, mesmo com o ninho pressionando por algum posicionamento oficial do Estado e costurando apoios para uma possível candidatura própria, caso não haja acordo. “Não vou me manifestar sobre hipótese”, concluiu.
Penso eu: Esta matéria da página de política do Jornal O Estado, nasceu a partir de nota da cabeça da Coluna deste jornalista,publicada hoje, portanto lida antes pela editoria de política, onde Eunício afirma que se não disputar o Senado, será candidato ao Governo. O deputado nega o que disse, mas deve ter tido um lapso de memória. Após o comício, ao lado de diversas pessoas, conversando com a diretora administrativa de um jornal do Cariri, ele disse que, se não o apoiassem em sua candidatura ao senado, ele seria candidato ao Governo do Estado. Este blog e a coluna de papel do jornal O Estado, não tem nenhum interesse em mostrar o deputado Eunício Oliveira, como ele se avalia, oportunista. Homem de vastos recursos, tem uma carreira vitoriosa, nascida das mãos do sogro dele, embaixador Paes de Andrade, não como oportunista, mas como um homem de visão, daí seu sucesso empresarial e sucessivos sucessos no universo político. Candidato ao Senado ou ao Governo, será sempre um nome a ser respeitado por sua justeza de carater, empenho pelo desenvolvimento do Ceará e,principalmente, por sua dedicação à vida dos que o servem e imprescindivel repúdio aos que discordarem de seus indiscutíveis pendores para levar o povo cearense ao mais altos píncaros da glória.
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