Duque arquivará mais sete denuncias contra Sarney
Termina nesta sexta (7) o prazo para que o presidente do Conselho de (a)Ética apresente sua decisão sobre sete denúncias remanescentes contra José Sarney.
Os pareceres do suplente de suplente Paulo Duque (PMDB-RJ) estão prontos. Remetem todos os casos para o arquivo, livrando a cara de Sarney.
A assessoria de Duque prepara também o parecer sobre a representação contra o tucano Arthur Virgílio. Será divulgado na quarta-feira (12) da semana que vem.
No caso de Virgílio, o presidente do conselho, soldado da tropa de elite de Renan Calheiros, opinará a favor da abertura de processo por quebra de decoro parlamentar.
Na noite passada, Paulo Duque ensaiava o discurso que vai esgrimir para justificar o refresco dado a Sarney e a grelha que reserva para Virgílio.
Alega que todas as denúncias e representações formuladas contra o presidente do Senado basearam-se em “recortes de jornal”.
As acusações contra o líder do PSDB, diz ele, são “mais consistentes”. Estão fundadas na admissão de culpa feita por Virgílio em discurso no plenário.
A oposição vai recorrer das decisões de Duque, tanto nos casos de Sarney quanto no processo que tem Virgílio como alvo.
Afora os suplentes, são 15 os membros titulares do Conselho de (a)Ética. O exército de Renan soma cinco soldados.São quatro do PMDB –Wellington Salgado, Almeida Lima, Gilvan Borges e o próprio Duque— e um do PTB –Gim Argello.
A oposição também detém cinco cadeiras. Três do DEM –Demóstenes Torres, Heráclito Fortes e Eliseu Resende. E dois do PSDB —Marisa Serrano e Sérgio Guerra.
Assim, a decisão sobre o desarquivamento de processos contra Sarney e o futuro de Virgílio ficam nas mãos dos senadores do chamado bloco governista.
Um senador do PDT, João Durval; um do PCdoB, Ignácio Arruda; um do PT, João Pedro; e outros dois cujas cadeiras de titular encontram-se vagas.Esse par de assentos terá de ser ocupado por suplentes, que serão escolhidos numa lista de quatro senadores do PT.
São eles: Ideli Salvatti, Delcídio Amaral, Eduardo Suplicy e Augusto Botelho.
Na tarde desta quinta (6), discursando no plenário, Tião Viana disse que a bancada do PT decidira solidarizar-se com Arthur Virgílio.
Algo que, se confirmado, eleva as chances de Arthur Virgílio safar-se no conselho. Não deve se livrar, porém, do crivo do plenário do Senado.
Para que o caso seja submetido ao plenário, basta que cinco senadores subscrevam um recurso no Conselho de (a)Ética. E Renan controla cinco votos.
Raciocínio análogo vale para José Sarney. Com os cinco votos de que dispõe, a oposição vai requerer que o arquivamento dos processos seja votado no conselho.
Neste caso, para que as acusações contra Sarney –todas ou parte delas— sejam ressuscitadas, será preciso que o PT vote a favor.
O petismo inclina-se pela reabertura de pelo menos um processo: o que trata da nomeação, por meio de ato secreto, do namorado de uma das netas de Sarney.
Do blog do Josias de Souza
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