Edison SIlva assume conselho de segurança



A Segurança Pública do Estado novamente foi alvo de debates na sessão de ontem da Assembleia Legislativa (AL). Parlamentares da bancada de oposição ao governo foram unânimes em dizer que, apesar das ações realizadas por Cid Gomes (PSB), a violência urbana está crescendo gradativamente no Ceará, tendo o tráfico de drogas e de armas como o principal catalisador da falta de segurança da população. Entretanto, o deputado Edson Silva (DEM) argumentou que a criminalidade e a impunidade são heranças de outros governos. O parlamentar assumiu ontem a presidência do Conselho Estadual de Segurança em uma solenidade no Complexo de Comissões da Assembleia Legislativa.
O deputado destacou que o atual Governo tem desenvolvido esforços no sentido de combater as causas da violência. Em contrapartida, ele revelou que diante da falta de ações efetivas que antigas gestões dedicaram à área, o problema assumiu proporções insuportáveis. O deputado ressaltou que participam do conselho entidades como a Associação dos Prefeitos do Ceará e o Conselho de Defesa da Criança e do Adolescente.

Edson Silva relatou que à frente do Conselho estão pessoas interessadas em elaborar ações e incorporar ideias às políticas públicos do governo nesse setor. Segundo ele, a iniciativa de criação do órgão foi outorgada pelo governo Ciro Gomes. Entretanto, o Conselho não deu sequência aos trabalhos e, agora, Cid Gomes resolveu ativar novamente a iniciativa.
“É com muito orgulho que represento essa Casa no Conselho Estadual. Vamos pensar em segurança para oferecer ao governo propostas públicas para acanhar os marginais e diminuir a violência. Do jeito que está não dá para ficar. A nossa proposta é levar o Conselho para o meio da rua para que a sociedade também nos ajude com ideias”, explicou o deputado.

Ele revelou ainda que pretende levar o órgão para as escolas, principalmente públicas, para que os jovens estudantes estejam em contato com as iniciativas realizadas no setor de segurança e estimulá-los a não entrarem para o mundo do crime. Edson disse que a participação dos professores e dos pais dos alunos é fundamental para impedir a expansão da violência no âmbito escolar.
“No primeiro momento, pretendo ir às escolas públicas para conversar com os jovens, professores e pais. Segundo dados de pesquisas realizadas por organismos internacionais no Brasil, cerca de 33 mil jovens serão executados nos próximos três ou quatro anos”, destacou, lembrando que somente um trabalho preventivo poderá impedir essa calamidade.

De acordo com o parlamentar, além do Programa Ronda do Quarteirão, outras iniciativas governamentais devem ser exaltadas. Duas delas são o “Escola em Segundo Tempo” e o “Primeiro Passo”, projeto que está capacitando cerca de seis mil jovens, livrando-os da criminalidade. Edson completou dizendo que se as ações do governo forem analisadas criteriosamente, a sociedade vai observar que muito está sendo feito pela segurança pública.

MESMO ASSIM FALTA MUITO
O líder do PR na Casa, deputado Adahil Barreto, reconheceu que Cid Gomes está realizando um trabalho ostensivo na área de segurança. Entretanto, explicou que muita coisa ainda deve ser feita. Uma delas são as reformas nas delegacias que o parlamentar julgou como “retoque de cosmético”. O republicano enfatizou que as reformas realizadas em alguns distritos foram apenas de fachada, sendo pintadas apenas as paredes.

Por outro lado, o parlamentar também atribuiu o crescimento da violência a antigos governos. Entretanto, não quis culpar gestores “A, B ou C”, resumindo o problema como um processo histórico.

“Não vou culpar ninguém, acho que o problema são dos governos em geral. A atual gestão está sofrendo com a questão do crack. Isso está dizimando a juventude cearense e brasileira. É preciso acabar com os traficantes para que o governo possa tratar os dependentes. Do contrário, esse problema nunca vai ter solução”, ratificou.

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