Máquinas como a urna eletrônica usada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) são inaceitáveis por causa de riscos incuráveis de fraudes. O professor do Departamento de Informática da Universidade de Campinas (Unicamp), Jorge Stolfi, usou esse argumento principal para defender a instituição de um comprovante impresso dos votos eletrônicos nas eleições gerais de 2010. A defesa foi feita em audiência pública conjunta das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado, realizada hoje (quinta-feira, 20) para discutir o projeto de minirreforma eleitoral (141-09) já aprovado pela Câmara dos Deputados e que prevê, entre outros itens, a comprovação impressa dos votos. O senador Flávio Torres (PDT-CE) foi um dos signatários do requerimento para a realização da audiência.
Acompanhando orientação do seu partido, Flávio Torres defende a existência do comprovante impresso do voto eletrônico. O eleitor tem o direito de conferir que seu voto foi computado para o candidato que ele escolheu. Daí a necessidade da existência de um comprovante impresso, afirma Torres. Para o senador, isso não significaria um retrocesso: a votação continuaria sendo feita no computador mas, à medida que a pessoa digitasse seu voto, um comprovante impresso cairia em uma urna lacrada. O eleitor poderia ver o comprovante. A urna só seria aberta para a recontagem dos votos, em caso de suspeitas de fraudes. O comprovante impresso é, de longe, a melhor forma de garantir a lisura das eleições, defende Flávio Torres.
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