Tumulto no terminal do Antônio Bezerra, ontem à tarde, deixou-o durante de duas horas fechado. Nenhum ônibus entrou ou saiu. A confusão foi entre um motorista de ônibus e um guarda municipal. O desentendimento terminou em quebra-quebra, o que deixou três pessoas feridas. A situação foi normalizada depois que a Policia Militar chegou ao local. O diretor da Guarda Municipal, Arimá Rocha, contou que houve depedração do patrimônio público, a sala da administração teve as janelas quebradas. Hoje haverá um encontro entre a Guarda Municipal, Sintro, Etufor e Sindiônibus, às 11h, para conversarem sobre o rumo do acontecimento.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sintro), Lúcio Brito, explicou que um guarda municipal, não identificado, pegou um ônibus que iria para o terminal e quando o motorista, Lucas Junior, pediu a identificação funcional e o guarda não quis apresentar. “O motorista estava trabalhando. Eu não sei se o guarda estava fardado. Como o condutor pediu a identificação, e ele (guarda) não quis apresentar, chegando ao terminal, o guarda chamou seus colegas e deram voz de prisão, levando-o para a sala do efetivo e mantendo algemado. Os outros motoristas foram até lá para pedir a libertação, que não foi concedida. Neste momento a classe nos chamou”, relatou o vice-presidente.
Porém, Arimá Rocha contou que dois guardas municipais foram impedidos de entrar nos coletivos. “Os guardas fardados foram impedidos de entrar no ônibus”, comentou. O diretor ainda declarou que o tumulto começou quando o Sintro chegou ao local. “Com a chegada do sindicato houve a exaltação de ânimos. A depedração que aconteceu houve incentivo por parte do sindicato”, comentou. Ele ainda frisou que mesmo com a prisão do motorista não teria a necessidade da quebradeira.
Lúcio Brito disse que quando chegaram ao local foram tentar conversar com a Guarda, mas não conseguiram. “Começou uma agressão física com cassetete e com spray de pimenta”, disse. O vice-presidente ainda comentou que ficaram feridos três. “O presidente do sindicato, Edvando Porto, quebrou o braço em dois pontos, um motorista ficou ferido, e um popular que levou fortes pancadas na cabeça e estava desmaiado”, contou.
Na versão do diretor do órgão público ficaram quatro feridos. “Ficaram feridos três guardas municipais e um motorista”, disse. Arimá Rocha acredita que exista uma indisposição do Sintro desde a greve da classe dos motoristas. “Desde as duas paralisações existe indisposição do sindicato, pois foi a Guarda junto com a Polícia que os contiveram”, relatou.
Arimá Rocha contou que esse é um caso isolado. “O que aconteceu é muito ruim, pois todos são necessários. A guarda, os motoristas, a Etufor e os sindicatos: a população precisa de todos para que possa ter um pouco de conforto, as pessoas não podem ficar sem transporte”. Ele afirmou que foi pedida uma perícia e um exame de corpo de delito nos guardas do 16º Distrito Policial.
Segundo informações do coronel Hélio Martins que faz plantão no Instituto Dr. José Frota, o popular Herbert Charles Monteiro foi confundido pelos guardas e levou pancadas fortes na cabeça e por isso desmaiou. Herbert passou mais de meia hora esperando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que não compareceu e foi levado ao IJF por um carro particular.
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