Ecos 2010 – A onça e outros bichos
Existem muito cenários possíveis. Estes começam a ser desenhados. O primeiro, armado há algum tempo, seria a candidatura de Ciro à presidência pelo PSB. A consequência mais imediata seria o atrelamento da campanha do Cid ao palanque do irmão e vice-versa. Seria. O nominado plano B – Ciro e Dilma, pelo Planalto – não tem mais respaldo nas avaliações palacianas. O “pega“ vai ser plebiscitário: Dilma x Serra…. Ciro ainda vai resistir algum tempo, mas o alerta do dono do partido, Eduardo Campos, ele já recebeu. Está vivenciando a fase, segundo o jargão forense, do Jus Esperniandi.
Restará a Cid o jogar-se de corpo inteiro nos braços da candidata do PT. Neste caso, deverá dizer em alto e bom som, que seus candidatos ao Senado são José Pimentel e Eunício Oliveira. Tasso Jereissati, não. Terá fôlego e tripas para tal?
É nesse clima de indefinição & se tu estás comigo, não podes ser contra mim! & que entra a proposta de Roberto Pessoa. Ele sabe, como hábil articulador, que em política não existem vazios. Ele ocupa esse espaço. Vai fazendo proselitismo e plantando esperança. Dará certo? Só o tempo dirá. Com quem fará aliança? Só o tempo dirá. Não tem pressa. A decisão ocorre em abril do próximo ano.
Na verdade, a grande indefinição local corre por causa da presença de Ciro e Cid, ambos em grande destaque e a candidatura de Tasso Jereissati ao Senado. Além dos ditos partidos de esquerda que cresceram e tem relevante peso na hora das decisões.
Querer colocar tudo isso num mesmo barco e remar para a vitória foi uma aposta muito simplória do governador Cid Gomes. Chegando o momento da onça beber água, a coisa ficou diferente. Política não se consolida com contradições…
Antonio Mourão Cavalcante – Médico e antropólogo. Professor universitário.
* Professor Mourão tem Blog - www.blogdomourão.com.br
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