São 100 anos de trabalho, de pesquisa, de estudos, de execução de obras e
serviços em favor da região.
O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas- DNOCS, vai comemorar seu
centenário na próxima quarta feira ( dia 21) em solenidade no auditório do
Banco do Nordeste do Brasil marcada para iniciar às 10 horas da manhã.
Diversas autoridades políticas, empresariais e de instituições públicas
estarão presentes, entre elas, o ministro da Integração Nacional Geddel Vieira
Lima, o ministro da Previdência José Pimentel, o diretor geral do DNOCS Elias
Fernandes Neto e o presidente do BNB Roberto Smith. Na ocasião, serão lançadas
publicações como a edição especial da Revista Conviver, em seu número 06, que
traz matérias importantes sobre a problemática nordestina em artigos e
depoimentos de grandes pensadores da região.
Além da Revista Conviver serão lançadas as seguintes publicações: O DNOCS NO
CORAÇÃO NORDESTINO, autor - Edson de Sousa Aguiar; TRADIÇÃO CAMPONESA:
experiências e memórias dos colonos do perímetro irrigado de Morada Nova-CE,
autora - Ana Maria Afonso Braga; O CENTENÁRIO DO DNOCS E A CONVIVÊNCIA COM A
SECA - autor: Evandro Bezerra; BIOCENOSE MELHORADA: a história dos
transplantes e da transferência de cultivos de espécies geradas - autor: José
Jarbas Studart Gurgel; CAPACIDADE DE SUPORTE EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS
autor: Antonio Marcos Nascimento; ARTE E CULTURA DO SERTÃO autor: Benedito
Vasconcelos Mendes; TILÁPIAS, BIOLOGIA E CULTIVO: evolução, situação atual e
perspectiva da tilapicultura no Nordeste Brasileiro autor: José William
Bezerra e Silva; VIRTUALIDADES E POTENCIALIDADES DOS PEIXES NA PESCA,
PISCICULTURA E ORNAMENTAÇÃO - autor: Airton Rebouças, e COLETÂNEA DAS
CONTRIBUIÇÕES HIDROLÓGICAS DO ENGENHEIRO FRANCISCO GONÇALVES DE AGUIAR AO
SEMIÁRIDO NORDESTINO autora: Vanda Tereza Costa Malveira (organizadora) com
colaboração de Virgínia Leite Menezes Costa.
Ainda na solenidade, será apresentado o trabalho de restauro da coleção Flora
Brasiliensis, uma das poucas coleções com as obras completas desse precioso
documento produzido no século XIX e em processo de restauro pelo Laboratório
do IPHAN, 4ª SR do Ceará. Todas essas publicações têm o apoio do Banco do
Nordeste, do Etene e do Cetrede.
O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas DNOCS, foi criado em 21 de
outubro de 1909 sob o nome de Inspetoria de Obras Contra as Secas IOCS. Em
1919 passou a denominar-se Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas -
IFOCS, recebendo o nome atual em 1945. Sua área de atuação abrange todos os
estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais.
Foi o primeiro órgão do Governo Federal a estudar a problemática do
semi-árido, marcando, nesse período de quase 100 anos, sua presença em todo o
solo nordestino. Seu acervo de obras envolve a construção de rodovias,
ferrovias, campos de pouso, aeroportos, portos, implantação de redes de
energia elétrica, ações de abastecimento, açudagem, irrigação, piscicultura,
entre outros.
Suas ações atuais compreendem a captação, desenvolvimento e gerenciamento de
recursos hídricos, através da construção de barragens, perfuração e instalação
de poços, implantação de projetos de irrigação, centros de pesquisas e
estações de piscicultura, sistemas de abastecimento de água e outras ações
pontuais. Seu acervo compreende 326 açudes públicos com 25 bilhões de metros
cúbicos acumulados, sendo 80 no Ceará; 622 açudes em cooperação; mais de 27
mil poços, 38 perímetros irrigados; 14 estações de piscicultura; 01 centro de
pesquisas em aquicultura; 01 centro de pesquisas em carcinicultura; 01
administração central, 9 sedes estaduais, 27 unidades de campo, 01 escritório
em Brasília e cerca de 1.800 servidores na ativa.
Em todo esse período o DNOCS investiu no semiárido recursos da ordem de 20
bilhões de dólares a preços atuais, conseguindo, assim, tornar o semiárido
brasileiro o mais povoado entre as regiões semelhantes do mundo. Hoje, uma
nova dimensão está sendo destinada a este órgão que participa com destaque do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) instituído pelo Presidente Lula,
com 14 obras estruturantes e outras através de fontes de seu orçamento,
envolvendo recursos superiores a R$ 1,5 bilhão. Tem também uma atuação
destacada no projeto de interligação da bacia do rio São Francisco com as do
Nordeste Setentrional (Projeto São Francisco) com ações de desapropriação,
indenização e de inclusão social, pois é o órgão responsável pelo levantamento
das necessidades de água e pela implantação de sistemas de abastecimento para
vilas e povoados que ficam às margens dos canais que formam os eixos Leste e
Norte do projeto São Francisco e os arranjos produtivos com pequena irrigação
destinados às famílias da área.
Postado por Simone Nunes, uma das raras coisas boas do DNOCS de hoje
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