O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), afirmou nesta sexta-feira que seu irmão, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), deve seguir a decisão do partido de apoiar a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, nas eleições.
Na manhã de ontem, o diretório nacional da legenda oficializou o apoio à petista.
Após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede provisória do governo, Cid Gomes disse que não deve existir mágoa pelo fato de o PSB ter desistido de lançar Ciro Gomes como candidato à Presidência.
Para o governador do Ceará, agora, é preciso olhar para frente. "Não é mais hora de olhar para trás. As coisas são assim. Temos que olhar para frente e tenho certeza que essa será a postura do Ciro também. A decisão do partido foi por não ter candidato [próprio] e pronto. Temos que aceitar e nos submeter a ela", afirmou Cid.
De acordo com ele, Lula perguntou sobre Ciro Gomes, que está em viagem aos Estados Unidos.
Questionado sobre se o encontro com Lula serviria para tentar resolver o impasse na aliança entre PSB e PT no Ceará, Cid informou que ainda não está discutindo o assunto.
Segundo ele, o encontro serviu apenas para tratar de obras do governo federal no Estado. Ele acrescentou que só a partir de junho conversará com os partidos aliados sobre as estratégias para tentar a reeleição.
"Até hoje não anunciei que sou candidato, não tratei do assunto e, de fato, tenho me omitido de tratar da sucessão estadual. Primeiro, a questão nacional, depois ouvir o partido e, somente depois disso, vamos começar a conversar com os partidos."
Cid Gomes adiantou, no entanto, que tem um compromisso público de apoiar Eunício Oliveira (PMDB) na disputa pelo Senado. O problema é que o ex-ministro da Previdência José Pimentel, do PT, também almeja se candidatar a uma das vagas. Essa é uma das causas do impasse para a aliança governista no Ceará.
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