NOVO ESCANDALO EM JUAZEIRO DO NORTE

Esquema pesado no Pregão Presencial do Juaforró 2010
O esquema montado pelo empresário icoense, Gil Roberto da GR Entretenimento, saiu do jeito que foi denunciado pela imprensa. Cinco dias antes da licitação, o jornalista Donizete Arruda, através de sua coluna no Jornal do Cariri, dizia quem seria o vencedor. A licitação aconteceu por todo dia de ontem no Teatro Marquise Branca, em Juazeiro, como determinava o edital. As empresas concorrentes tiveram que se render a ganância de Gil Roberto, que “atacava” um a um na chegada do teatro. Quem tentou resistir saiu perdendo e perdendo feio. “Eu sou a pessoa do Juaforró deste ano”, afirmou Gil Roberto.

A maioria das empresas não pode resistir às pressões e foram obrigadas a ceder à corrupção do dono da G R Entretenimento. Dos quinze lotes do edital do Pregão Presencial 1305.01/2010 da Secretaria de Cultura – SECULT, quase todos foram ganhos pela empresa R. Machado, que fazia “testa de ferro” para Gil Roberto. A ordem era derrubar todos os participantes. Quem aceitou ficar nos moldes do empresário do Icó, saiu com alguma grana no bolso e teve apenas o trabalho de preparar documentos, sabendo que tudo era “jogo de carta marcada”. Quem resistiu, foi derrotado.

O lote que contou com um único participante foi o da segurança, devido ter sido solicitado registro na Policia Federal. No entanto o resultado também ficou em conformidade com o “dono” da festa. Com uma câmera escondia foi possível conseguir imagens de Gil Roberto chamando as pessoas para “conversar” e oferecendo dinheiro para que a licitação saísse nos moldes que ele planejou. Um dos concorrentes que se rendeu a Gil Roberto fala abertamente que o valor pago para quem desistisse era de 3% do valor da proposta a apresentada.

O esquema foi bem montado com os participantes e a licitação aconteceu dentro da mais completa tranquilidade. Alguns concorrentes não apresentaram propostas, outros abandonaram propositadamente o local, facilitando tudo para o esquema montado pela GR Entretenimento. Os acertos eram feitos do lado de fora, num descaramento sem precedentes. As imagens feitas com a câmera escondida por um dos participantes serão encaminhadas a Câmara de Vereadores e ao Ministério Público, para que possam ser analisadas e, se for o caso, agir contra esse tipo de atitude em licitações.



Postado por Roberto Bulhões