Um tiro contra o turismo
Essa imensa cadeia de riqueza e investimentos, nas quais se incluem as empresas de hotelaria, as transportadoras, as agências de viagens, bares, restaurantes
Destaque na imprensa nacional e europeia, o recente latrocínio perpetrado por uma dupla de assaltantes contra um turista italiano em visita a Fortaleza repercute de maneira desastrosa para o País. Para além da vida brutalmente desperdiçada de quem se dispôs a vir conhecer outro país, o crime tem desdobramentos indesejáveis para a imagem do Brasil e do Ceará no exterior.
Sem exagero, mas o tiro que matou o turista italiano atinge sobremaneira a imagem e, consequentemente, o esforço que o governo faz para promover o Estado como destino turístico.
Dados do Ministério do Turismo dão conta de que, somente em 2009, o Brasil recebeu cerca de 4,8 milhões de turistas estrangeiros.
Para se ter uma ideia do que o mercado turístico representa à Nação, dados do Banco Central relatam que, apenas neste último mês de março, os turistas internacionais deixaram no País U$ 578 milhões. E isso sem levarmos em conta a movimentação doméstica de turistas, que, com a ascensão das classes médias nos últimos anos, também tem atestado um crescimento promissor.
Para a atividade turística, cuja ação atrela-se a diferentes setores da economia, o que implica no desenvolvimento das cidades, na geração e multiplicação de renda e emprego, entre outros benefícios, os crimes cometidos contra turistas podem ter impacto absolutamente negativo na futura demanda de visitantes.
Essa imensa cadeia de riqueza e investimentos, nas quais se incluem as empresas de hotelaria, as transportadoras, as agências de viagens, bares, restaurantes, além de diversos outros componentes dos setores públicos e privados, exige, como contrapartida, que os cidadãos tenham pelo menos o direito de ir e vir garantido e uma segurança pública que lhes abone o mínimo de proteção. Em nome dos que a visitam ou a habitam, todos queremos uma Fortaleza mais pacífica.
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