Pimentel segue na luta por um lugar ao sol

Deputado nega veto de Cid e assegura a intenção de concorrer ao Senado
Parlamentares e militantes do PT reuniram-se ontem à noite para cerrar fileiras em torno do candidato próprio ao Senado pelo Ceará, o deputado federal José Pimentel, três dias depois de o governador Cid Gomes (PSB) ter comunicado ao presidente Lula que recusa a participação do petista em sua chapa majoritária.
A declaração de Cid, aliás, foi negada por Pimentel. “Ou o repórter ouviu muito ou tentou uma interpretação que não corresponde ao que foi dito [pelo governador]”, afirmou, reiterando a intenção de concorrer ao Senado em dobradinha com Eunício Oliveira (PMDB), a quem Cid já deu apoio expresso. “Minha candidatura já está deliberada”.

À militância, deputados e vereadores do partido ressaltaram a importância de eleger Pimentel. “A maior dificuldade do governo Lula foi causada por não termos maioria no Senado”, disse Nelson Martins, líder do governo Cid na Assembleia Legislativa. “É no Senado que os tucanos obstruem o caminho dos projetos estruturantes”, adicionou Acrísio Sena, líder da prefeita Luizianne Lins na Câmara Municipal.

Ao microfone, Pimentel exortou o público a preparar-se: a campanha de 2010 será difícil. “O outro lado vai vir forte, batendo duro, criando dúvidas”, salientou, fazendo referência, talvez, ao passado da presidenciável petista, Dilma Rousseff, como guerrilheira comunista. “Ela [Dilma] está na luta social desde a juventude. Precisou ir às armas para lutar contra a ditadura”. Sob aplausos da militância, Pimentel sugeriu que “a elite que governou esse país por 500 anos, que derrubou Juscelino, levou Getúlio ao suicídio e apoiou o golpe de 1964” é a mesma que, em outubro, enfrentará o PT nas urnas.

DE JOELHOS
Integrantes da corrente “O Trabalho”, uma das muitas que formam o PT, aproveitaram o encontro para expressar aversão à aliança com Cid. Em nota, a corrente declara que “o PT está de joelhos frente à oligarquia Ferreira Gomes” e critica a parceria eleitoral entre o governador e o senador Tasso Jereissati (PSDB). “Pela terceira vez, o encontro estadual foi adiado (agora, para 19 de junho) à espera de que Cid se digne a dizer que não fará aliança formal com os tucanos (...) a prefeita Luizianne e a maioria da direção partidária preparam o terreno para aceitar o apoio informal de Cid ao PSDB”, protestam.

Penso eu - O dr. Cid é hoje quem dá as cartas e joga de mão. A indigencia dos partidos políticos levaram o Governador ao sete-estrelo da política cearense.

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