Ministério público teve pedido de busca e apreensão no comitê do candidato Carlomano Marques (PMDB) deferido. A ação de busca foi realizada ontem, na ausência do candidato, que lamentou não ter podido pedir voto aos policiais
A Justiça Eleitoral, a Polícia Federal e o Tribunal Regional Eleitoral fizeram busca ontem no comitê do candidato a deputado estadual Carlomano Marques (PMDB), após O POVO mostrar, na última terça-feira, que atendimento médico estava sendo prestado no local, em troca de voto. Não foram divulgadas informações oficiais sobre o resultado da busca.
Segundo informações extraoficiais da procuradora Nilce Cunha, não foram encontradas provas contra o candidato. A procuradora ressalta que, desde o dia da publicação dos fatos pelo O POVO, houve tempo de fazer uma “limpeza” no comitê. “Afinal, eles não são nenhuma criança”, afirma Nilce Cunha.
A Polícia Federal apresentou ordem de busca deferida pelo juiz eleitoral auxiliar Eráclito Vieira de Sousa, após pedido da procuradora Nilce Cunha.
Por telefone, Carlomano afirmou ontem que cumpria agenda de campanha em Aracati e não estava no comitê no momento em que foi cumprido o mandado. Mas afirmou estar “inteiramente à disposição” para prestar qualquer esclarecimento.
“Não tenho absolutamente nada a esconder. Desde o começo estou à disposição do O POVO, do TRE, da Polícia Civil, da Militar, do Corpo de Bombeiros... Eu estou aqui, comendo um baiãozinho de dois”, declarou, enquanto almoçava, na tarde de ontem.
O coordenador no comitê de Carlomano que recebeu os oficiais diz que a ação foi efetuada por dois representantes do TRE, um oficial de Justiça e dois agentes da Polícia Federal.
Carlomano disse lamentar a ausência no momento da ação. “Se eu tivesse lá, tinha pedido o voto deles (dos oficiais). Porque candidato que se preza pede voto”. Ao final da entrevista, o deputado, fazendo jus ao que disse, pediu o voto do repórter.
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