
O Globo
A maioria dos jornais bolivianos saiu nesta quinta-feira sem notícias na primeira página e apenas com breves declarações sobre a liberdade de expressão. A medida foi um protesto contra uma lei que será votada pelo Senado e, se aprovada, determinará o fechamento de meios de comunicação que divulguem mensagens racistas.
O protesto não teve efeito imediato entre os que propuseram a nova lei, incluindo a maioria de parlamentares governistas e o presidente Evo Morales, de origem indígena.
Em entrevista coletiva, Morales declarou nesta quinta que "chegou a hora de acabar com o racismo" e renovou as garantias à liberdade de expressão.
Proprietários de jornais e parte das organizações de jornalistas do país optaram pelo protesto quando a bancada governista no Senado anunciou que não previa suavizar as sanções aos veículos "racistas" contidas no projeto de lei aprovado previamente pela Câmara de Deputados.
Os únicos textos nas primeiras páginas dos jornais "La Prensa" e "El Diario" eram os dizeres "não existe democracia sem liberdade de expressão".
Já o "Página Siete" publicou uma breve justificativa de sua rejeição à lei antirracista.
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