Aeroportos em caos, mas de caixa em alta


Aeroporto Pinto Martins.

Na revista Época, uma matéria interessante – “Para a Infraero, quanto mais cheio, melhor”. Fala da situação de caos em que vivem os aeroportos brasileiros geridos pela Infraero e uma contradição: pontos comerciais alugados a preços bem suculentos como a loja do McDonald’s no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, onde o aluguel passa de R$ 650 mil por mês.
Para os brasileiros que viajam de avião, os aeroportos nacionais lembram problemas. Eles representam filas longas, poucos lugares para sentar, tempo perdido em espera, voos atrasados, voos cancelados. Graças ao bom momento da economia, no ano passado cerca de 60 milhões de pessoas viajaram de avião no país. A infraestrutura deficiente fez com que esse aumento na demanda se tornasse um problema para a Infraero, estatal que administra os 67 aeroportos do país. Se é alvo de queixas por causa disso, a Infraero também tem sabido aproveitar o lado positivo do fenômeno.
O aumento na demanda e a perspectiva futura de um crescimento ainda maior, devido à realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, têm gerado lucros expressivos à estatal. Há uma corrida em busca de espaço nos aeroportos. Em licitações recentes para alugar espaços a lojas e restaurantes, a Infraero tem visto seu caixa engordar.

Comentário do jornalista Eliomar de Lima que cobre a área para as empresas dele.

EM FORTALEZA, a situação não é diferente. A Superintendência estadual da Infraero anuncia que em fevereiro lançará edital de licitação para obras de ampliação de um Pinto Martins que, também no plano comercial, não vai nada mal. Exemplo disso foi o Restaurante Palheta que, após quase 40 anos operando no terminal, resolveu fechar porque não aguentou a concorrência na hora de acertar aluguel do ponto. Um grupo de Sorocaba entrou na parada e vem pagando por mês R$ 50 mil. Fora 5% sobre o faturamento bruto e outras taxas cobradas pela Infraero.

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