Baquit: "Não aceitarei ser mandado por Lúcio Alcântara e Roberto Pessoa"
Baquit disse ter pedido a Gomes de Matos uma reunião para discutir o assunto
Por Bruno Pontes
brunopontes@oestadoce.com.br
O deputado Osmar Baquit (foto) levou sua insatisfação com o PSDB para a tribuna da Assembleia Legislativa e de lá a derramou para quem quisesse ouvir. Da bancada do partido, só o colega Professor Teodoro acompanhou o desabafo. “Vou falar agora de um ponto delicado sobre o PSDB”, anunciou Baquit, ontem, atraindo ao seu pronuncimanento a atenção de todo o plenário.
Sob a presidência do deputado federal Raimundo Gomes de Matos, o tucanato cearense planeja formar com o DEM e o PR um bloco de oposição ao governo Cid Gomes (PSB). A parceria já começaria na eleição da Mesa Diretora da Assembleia. Para Baquit, trata-se de uma “intromissão indevida” das Executivas destes partidos numa decisão que caberia somente aos parlamentares. Ele rejeita sobretudo o PR do ex-governador (e ex-tucano) Lúcio Alcântara e do prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa:
“O presidente Gomes de Matos, um homem de bem, defende que o PSDB, o PR e o DEM façam um bloco onde as executivas estaduais vão interferir na eleição para a Mesa Diretora. Ou seja, se eu não estiver doido, querem o seguinte: que o PSDB seja guiado pelo Roberto Pessoa e pelo Lúcio Alcântara. Isso é uma gaiatice!”
BANCADA RACHADA
Baquit disse ter pedido a Gomes de Matos uma reunião para discutir o assunto. Mas não houve a conversa “e não tiveram nem a educação de me ligar para avisar que não ia ter”. Baquit então deu o recado na tribuna: não está sozinho na contrariedade à aliança tripartite. “Moésio Loiola, Rogério Aguiar, Gony Arruda, Téo Menezes e eu fechamos que não aceitaremos a formação desse bloco. Quem tem que escolher seu líder e a Mesa é a bancada. Esses cinco parlamentares não aceitam nem aceitarão ditadura dentro do PSDB”.
Baquit ainda disse temer que seu próprio comportamento, na Assembleia, seja ditado pelos líderes do PR. “Daqui a pouco eu vou estar falando aqui e vai aparecer um deputado dizendo: ‘Calma, tem que ouvir o Roberto Pessoa, tem que ouvir o doutor Lúcio’. Isso é censura. Não aceitarei ser mandado por Lúcio Alcântara e Roberto Pessoa”.
INFIEL NÃO
Fora da tribuna, o parlamentar explicou à imprensa que, pessoalmente, nada tem contra Lúcio e Pessoa. É uma questão de linha partidária, frisou. “Reconheço que o DEM tem afinidade com o PSDB. Mas com o PR ocorreram divergências, brigas do Tasso [Jereissati] com o Lúcio e o Roberto Pessoa”. Ademais, observou Baquit, “o PR não esteve com a gente na campanha passada”. O tucano recusou a pecha de infiel a seu partido e a pôs em outros: “Ser infiel é defender que o partido perca sua autonomia para tomar decisões”. Declarou, por fim, que “se o PSDB dissesse que abre mão do meu mandato, eu já teria abandonado o partido”.
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Quem não esteve com o PR foi o PSDB que abandonou Lúcio e se acoloiou com o Cid. E agora perderam a eleição e se brincar vai é se acabar o PSDB no Ceará. Porque os que são do partido e estão na ativa são um bando de covardes e puladores de muros. Fidelidade partidaria não é só permanecer em um partido, mas sim honrar os votos que receberam dos eleitores e não os fazerem de palhaços.
ResponderExcluirQuer dizer que o deputado não aceita ser "mandado" pelo PR mas aceita ser "capacho" dos ferreira gomes. E como ficam os eleitores desse senhor, que possivelmente são de oposição aos ferreira gomes?
ResponderExcluirÉ isso aí. E esse Osmar Baquit é muito babão do Cid. Diz que deram um chute entre as pernas do Cid que quebrou 3 dentes do Osmar. Sei não viu! hum!!
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