A briga contra Gony Secretário nos remete à história


Até a última hora, Marcos Cals era candidato à presidência da Assembléia do Estado, naquele distante 2006. Havia um acordo que, se houvesse alguma mudança, com sua saída para uma secretaria do Governo Cid Gomes, seria comunicada aos 17 deputados tucanos que tinham assento na Casa.

De repente, muitos desses 17, foram surpreendidos com o anúncio de Cals, Secretário de Justiça e Cidadania. Assumiu e fez um belíssimo trabalho, como testemunharam os cearenses em todos os quadrantes do Ceará e membros do próprio Governo, a exemplo do líder Nelson Martins que teceu loas ao desempenho do parlamentar.

Para ser secretário, porém, o Presidente do PSDB, partido de Cals, então o sr. Raimundo Viana, testemunha que não foi informado da decisão, indo o assunto parar no colo do dono da sigla, o senador Tasso Jereissati que não gritou, até porque a saída de Marcos, beneficiaria diretamente a Luiz Pontes, que havia ficado na suplência do partido.

Agora, depois de contatar Teo Menezes, Rogério Aguiar, Osmar Baquit, Moésio Loiola e ainda, José Teodoro, Cirilo Pimenta e Neném Coelho, e ouvir deles respaldo para aceitar a Secretaria de Esportes do Governo do Estado, Gony Arruda achou que estava agindo com correção, pois só o faria se tivesse o apoio.

O interessado maior, além do próprio Gony, que no Esporte está em seu habitat natural, o professor Teodoro participou diretamente da consulta. De Fernando Hugo, Gony ouviu silencio e de João Jaime, o último, não pode ter resposta porque o procurou pelo telefone, no Canadá e não conseguiu falar com ele.

A discussão se a Executiva do partido pode complicar a vida de Gony, partiu do Presidente em exercício, Raimundo Gomes de Matos e de Marcos Cals que entendem que uma vez Gony no Governo, obrigatoriamente tiraria licença e entraria num processo de expulsão, perdendo o mandato porque seria infiel ao ficar ao lado do que esses tucanos entendem como inimigo.

Na verdade, o que há, é uma não aceitação tácita da vitória de Cid e o anúncio de oposição zangada a seu Governo que por sinal não terá maioria na bancada na Assembléia Legislativa. Teo Menezes, Rogério Aguiar, Osmar Baquit,Moésio Loiola, José Teodoro e Gony Arruda são e serão governistas porque entendem que assim contribuirão com o desempenho daquilo que foi adversário na campanha.

O mal estar na bancada reflete então duas posições distintas; de um lado os deputados que votarão em plenário as medidas que o Governo mandar e quiser tomar e de outro, a executiva que não terá poder de fechar questão, quando não terá maioria. E mais: Gony Arruda, Secretário de Esportes, será um tucano no Governo, deixando no seu lugar um outro tucano, o Professor Teodoro.

Na verdade, quanto mais esticar a corda, mais o PSDB, pequenino como está, ficará do lado mais fraco, fazendo oposição com o bloco-do-eu-sozinho, onde estarão, provavelmente Fernando Hugo e João Jaime. O primeiro por convicção, o outro pelos laços de amizade e companheirismo ao senador Tasso Jereissati, derrotado na campanha à reeleição pela coligação que agora chama Gony Arruda para a composição do quadro de Governo.

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