“Hoje é coroamento de uma luta que nós travamos pela busca do voto, e este dia nos remete à simbologia da vitória alcançada”. Foi com este arroubo de entusiasmo que o senador eleito Eunício Oliveira (PMDB) resumiu a alegria de estar participando da cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos a deputado estadual, federal, senador e vice-governador realizada ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e presidida pelo desembargador Ademar Mendes Bezerra.
O governador reeleito Cid Gomes (PSB), contudo, não compareceu à cerimônia porque esteve em Brasília, durante todo o dia de ontem, em reunião com Dilma Rousseff (PT), na qual a presidente eleita teria tratado do futuro político do deputado federal Ciro Gomes (PSB). Na conversa, Dilma teria tentando fazer Cid convencer o irmão a aceitar o ministério da Integração Nacional, pasta para a qual Ciro estaria relutando em prol do ministério da Saúde. Ciro, por sua vez, que supostamente estaria de férias nos Estados Unidos, teria voltando ontem mesmo de Brasília junto com o irmão, num desencontro de informações bastante peculiar. Isso porque, segundo o outro irmão de Ciro, o deputado estadual reeleito Ivo Gomes (PSB), presente à cerimônia de ontem e falando à reportagem, disse que, em contato telefônico com Ciro “há três ou quatro dias”, o ministeriável encontrava-se nos Estados Unidos, de férias. “Nós falamos rapidamente por telefone”. No entanto, de acordo com Cid, o irmão estaria mesmo era em viagem pela Europa. O governador declarou ontem, na solenidade de balanço do governo Lula, em Brasília, que Ciro daria uma resposta a Dilma “até hoje (ontem)”.
Destino desconhecido
Se os Gomes batem cabeça quanto ao paradeiro do irmão mais ilustre, a opinião de ambos obre o futuro político de Ciro no governo Dilma é bastante semelhante. Falando à reportagem, Ivo disse que “a decisão [sobre aceitar algum cargo] é dele”. “A imprensa anda dizendo que a Dilma fez esse convite a ele, e se ele não está desesperado para respondê-la, é porque deve estar pensando em outra coisa”, alegou, depois de confirmar que o irmão estava na terra do Tio Sam, descansando com o filho. “Não houve nenhuma indicação do partido [PSB] ao nome dele simplesmente porque ele não estava buscando cargos”, ponderou. “Se existiu convite, partiu da vontade da presidente”. Questionado se o deputado federal aceitaria o convite, Ivo disse apenas que “o Ciro está com 53 anos, já foi tudo na vida, ele tomará a decisão certa”.
Nada de Ciro
A composição do primeiro escalão do futuro governo Dilma ainda rende muita especulação nos bastidores políticos. Motivos para tantos comentários não faltam. Ontem, a presidenta eleita confirmou o nome de mais cinco nomes para integrar o seu ministério. O nome de Ciro, no entanto, até o fechamento desta edição, ainda não havia sido anunciado.
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