Cidades emergentes melhoram após crise; Rio é a 10ª mais dinâmica e SP é a 25ª
GUILHERME CHAMMAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As principais cidades brasileiras e metrópoles de países emergentes melhoraram sua colocação no ranking de dinamismo econômico após a crise mundial, de acordo com pesquisa da London School of Economics.
O estudo Global Metro Monitor mede a performance econômica de 150 regiões metropolitanas pelo mundo nos anos de 2009 e 2010, utilizando indicadores de renda e geração de emprego. Foi a terceira edição do estudo, que também foi feito no período pré-crise (1993 a 2007) e durante a crise (2007 a 2010).
Brasil é o emergente com mais carga fiscal
O Rio de Janeiro é a cidade brasileira mais bem colocada na lista, ocupando o 10º lugar. Em seguida estão Belo Horizonte (22º), São Paulo (25º) e Brasília (32º). Istambul ocupa o topo do ranking.
"A análise mostra que muitas metrópoles de América Latina e Ásia se recuperaram completamente da crise, ao contrário da Europa e dos EUA", explica um dos autores do estudo, Alan Berube.
Em relação a edições anteriores, as cidades brasileiras apresentaram significativa melhora. No período pré-crise, o Rio ocupava apenas a 100ª colocação, Belo Horizonte, a 42ª, São Paulo, a 70ª, e Brasília, a 95ª.
Editoria de Arte/Folhapress
FORA DO CENTRO
Das 30 cidades mais bem colocadas do último ranking, 29 não estão nos EUA nem na Europa. Austin é a exceção.
"O crescimento rápido das metrópoles nos mercados emergentes desafia as outras metrópoles a procurar modelos mais produtivos de crescimento econômico em substituição àqueles que precederam a crise", diz Berube.
"Esses modelos devem incluir a expansão das exportações para abastecer a crescente demanda dos emergentes por bens e serviços de alto valor", completa.
Além da força dos emergentes na recuperação econômica pós-crise, o estudo também conclui que a economia global é dependente das metrópoles. Apesar de as 150 regiões analisadas terem apenas 12% da população mundial, concentram cerca de 46% do PIB global.
O estudo ainda mostra que a performance econômica das metrópoles está altamente atrelada à performance das economias nacionais. Assim, as políticas fiscal, monetária e de comércio tornam-se fundamentais na maior exposição ou proteção das grandes cidades a crises.
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