Como todos sabem, sábado aqui ninguem trabalha. Sequer pensa. Então hoje é dia da coluna do Claudio Humberto do nosso jornal O Estado.
Cartões corporativos: governo Lula torrou R$ 350 milhões
Desde 1º de janeiro de 2003 e até o final de outubro deste ano, o governo Lula gastou R$ 350 milhões com cartões corporativos. Em 2010 a conta já ultrapassa R$ 71 milhões, segundo dados do Portal da Transparência. Só a Presidência da República consumiu quase R$ 16 milhões com cartões, este ano, em gastos “sigilosos”. Em 2007 (R$ 76 milhões) e 2010, o governo gastou mais R$ 70 milhões com cartões.
R$ 215 mil por dia
A média diária de gastos do governo com cartões corporativos em 2010 é de R$ 215 mil, o dobro da média dos últimos oito anos (R$ 111 mil).
Meses de campanha
Em abril, a conta dos cartões corporativos do governo Lula totalizava R$ 11 milhões. Até novembro, o total pulou para R$ 71 milhões.
Lula I x Lula II
Durante o primeiro mandato de Lula, cartões corporativos nos custaram R$ 78,4 milhões. No segundo mandato, triplicou: R$ 267 milhões.
Tratamento
O ex-governador do Maranhão Jackson Lago (PDT) está no hospital Albert Einstein, São Paulo. Seu estado de saúde inspira cuidados.
PF procura
deputado que tentava
lavar dinheiro
A Polícia Federal tem certeza de que se trata de um deputado federal, mas, como ele falava do PABX da Câmara, ainda não deu para identificá-lo. O deputado misterioso é do DF e disse a um dos pilantras investigados na operação Caixa de Pandora, em conversa interceptada pela PF: “Eu não preciso de dinheiro; preciso lavar dinheiro”. Os policiais, pacientemente, heroicamente, continuam investigando.
Na pista
A PF tem lá as suas suspeitas, e acha que, pelo linguajar, o deputado lavador de dinheiro tem vinculações com a caserna.
Luzes da ribalta
Muito aplaudido ao ser diplomado, o deputado federal eleito Tiririca (PR-SP) deve ter se sentido em casa: no circo.
Deprê
Derrotado também na pretensão de realizar novas eleições para o Senado, o ex-deputado Jáder Barbalho (PMDB-PA) anda deprimido.
Estranhas ausências
O cerimonial do Tribunal Superior Eleitoral convocou funcionários para preencher 16 lugares vazios, ontem, no minúsculo auditório de 78 lugares, durante a cerimônia de diplomação da presidenta Dilma.
Ministro Grude
O ministro Orlando Silva (Esporte) foi o único dos auxiliares de Lula que insistiu em permanecer no cargo, após receber a notícia de que irá sair. Adensou ainda mais a ojeriza que Dilma nutre por ele.
Desfalque no clube
Primeira presidenta eleita do Brasil, Dilma terá uma representante da “classe” na posse, em 1º de janeiro: a secretária de Estado Hillary Clinton. A chanceler alemã Angela Merkel mandará representante. A presidenta da Costa Rica não virá. A da Argentina não confirmou.
Pintou sujeira
A casa do embaixador Eduardo dos Santos em Assunção, Paraguai, jorra esgoto há uma semana. O jornal ABC Color fotografou e alfinetou: “Até parece metáfora do tratamento que recebemos dos brasileiros”.
Mau começo
Empresários do Pará têm recebido recados atribuídos a um Orli Bezerra, ex-assessor de campanha que guarda perturbadora semelhança com Marcos Valério, garantindo que é ele quem vai dar as cartas na gestão do governador eleito Simão Jatene (PSDB).
Ninguém merece
Polícia e mídia cariocas amam os bandidos da cidade. Tratam delinqüentes rastaqüeras como eles gostam de ser tratados, pelos “nomes artísticos” dessa vigarice musical chamada “funk”: MC (“emici”, como citam orgulhosos) Smith, Frank etc.
Refundação
Em paralelo à sua convenção de março de 2011, PSDB de São Paulo fará um seminário para definir seus objetivos e metas. O sociólogo e cientista político Bolívar Lamounier deve participar dos debates.
Céu nublado
Passou quase em brancas nuvens, dias atrás, o “Expresso em Nuvem”, de integração computacional do Serpro, a estatal de processamento de dados. Convidados, ministros e autoridades “voaram” – servidores e chefes foram chamados às pressas para encher o auditório em Brasília.
Vai e vem
Tiririca aplaudido, Maluf, vaiado. Logo será o contrário.
Poder sem pudor
Um especialista
No documentário bajulatório “Entreatos”, do cineasta riquinho João Moreira Salles (ele é herdeiro do Unibanco), sobre a eleição de Lula, a certa altura o presidente lamenta a própria incapacidade de batucar. O marqueteiro Duda Mendonça entra em cena para dar um pequeno show de batuque com as próprias mãos e proclamar:
- De batucada e galo de briga, eu entendo!
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