Dilma recebe do PSB nomes de Integração e Turismo


Elza Fiúza/ABr


O governador pernambucano Eduardo Campos, presidente do PSB federal, repassou a Dilma Rousseff os nomes de sua legenda para o novo ministério.

Para a pasta da Integração Nacional, o partido indicou Fernando Coelho Bezerra, atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

Para o Ministério do Turismo, foi indicado o deputado federal Márcio França, presidente do PSB-SP.

As duas pastas foram asseguradas ao PSB pela própria Dilma. A Integração deixa os domínios do PMDB e retorna ao controle do PSB, que já ocupara a caderia sob Lula.

O Turismo foi à cota do PSB como "compensação" pela perda da pasta da Ciência e Tecnologia, que Dilma decidiu confiar a Aloizio Mercadante (PT-SP).

Há, porém, uma pendência nas negociações de Campos com Dilma. O PSB reivindica a manutenção de Pedro Brito na Secretaria Nacional de Portos.

A secretaria tem status de ministério. Foi criada por Lula em maio de 2007, especialmente para atender a uma demanda do PSB.

Deu-se nas pegadas da saída de Ciro Gomes (PSB-CE) do Ministério da Integração Nacional, agora retomado pela legenda.

Pedro Brito, um economista cearense, era secretário-executivo de Ciro na Integração. Chegou a responder pelo ministério. Depois, foi à secretaria de Portos.

Para desassossego do PT, a lista de nomes manuseada por Campos não traz o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

Se Valadares fosse guindado à Esplanada, assumiria a cadeira dele no Senado o primeiro suplente. Vem a ser José Eduardo Dutra, presidente do PT.

Dilma gostaria de dispor de Dutra no Senado. O PSB não se opõe, desde que Valadares vire ministro na “cota pessoal” de Dilma.

Afora os nomes de seu partido, Eduardo Campos negocia com governadores do PT a indicação de outros ministros nordestinos.

Nesta quinta (2), Campos reuniu-se em Brasília com os colegas da Bahia, Jaques Wagner (PT); e de Sergipe, Marcelo Déda (PT).

Participou da conversa também o ex-governador petista do Piauí Wellington Dias, agora senador eleito.

O grupo advoga a tese de que a votação expressiva obtida por Dilma no Nordeste deve ser refletida no primeiro escalão do “novo” governo.

Foram à mesa nomes para dois ministérios. Um deles o do Desenvolvimento Social, responsável pela gestão do programa Bolsa Família.

Para esse cargo, até bem pouco exercido pelo petista mineiro Patrus Ananias, o baiano Jaques Wagner indicou Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas (BA).

O outro ministério levado a debate foi o do Desenvolvimento Agrário, cobiçado pelo PT gaúcho. O piauiense Wellington Dias reivindica a cadeira para si.

Eduardo Campos prefere o nome de outro petista: o deputado federal Pedro Eugênio, de Pernambuco. Dilma terá de arbitrar a encrenca

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