Nelson Piquet se envolve em escândalo de lavagem de dinheiro na FCA
Nelson Piquet e seu filho Nelsinho apareceram nas investigações da Operação Podium da Polícia Federal, que descobriu um esquema de lavagem de dinheiro por meio da Federação Cearense de Automobilismo (FCA).
A revista Época divulgou o motivo da invasão da PF à sede da entidade no mês passado, e revelou que a federação recebia dinheiro sujo de sonegação e propina paga a políticos corruptos como patrocínio, e depois devolvia aos supostos doadores.
Entre aqueles que seriam beneficiados estão cinco secretários do governo de Cid Gomes (PSB), além do principal assessor do governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN). O ex-piloto Nelson Piquet também admitiu que usou a FCA para mandar dinheiro ao seu filho Nelsinho. Xandy Negrão e Diego Nunes, da Stock Car, também usaram o expediente.
Segundo a revista, Nelson Piquet enviou R$ 2,7 milhões à FCA entre 2005 e 2008, e a entidade lhe devolveu R$ 500 mil. Outros R$ 5,2 milhões foram enviados para a conta no exterior de Nelsinho. “Fiz assim porque tenho boas relações com os cearenses”, declarou Nelson à Época.
A PF descobriu o esquema porque a Receita Federal desconfiou do alto montante movimentado pela FCA. Entre 2004 e 2008, cerca de R$ 51 milhões circularam pela entidade. O valor é cinco vezes maior que o da federação paulista, a maior do País.
Esse valor é referente apenas ao que a FCA declarou ao fisco, e, segundo as investigações, R$ 25,7 milhões desse montante foram depositados pela empreiteira Marquise, acusada de irregularidades na construção do Estádio Castelão, em Fortaleza. Outras empresas como a Carioca, EIT e Newland contribuíram com outros R$ 25,3 milhões.
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