Na quarta feira o Presidente da Transpetro, Sérgio Machado, recebeu no Rio os títulos de Cidadão Fluminense e Medalha Tiradentes em sessão solene na Assembleia Legislativa. O discurso de Sérgio, pontuado de saudades e lembranças, fora do texto, teve esta versão formal:
Breves palavras de agradecimento – Medalha Tiradentes – título de Cidadão Fluminense.
Excelentíssimos...-
É difícil descrever o orgulho e emoção que sinto hoje aqui nesta Casa ao receber uma condecoração do porte da Medalha Tiradentes e o título de Cidadão Fluminense, tão generosamente proposto por este grande batalhador da indústria naval do Estado, que é o deputado Rodrigo Neves.
-Certamente cometerei muitas omissões, tantos são os homens públicos e dirigentes setoriais deste Estado que merecem ser citados pelo esforço para fazer renascer a indústria naval fluminense, que sempre foi o principal polo do setor no Brasil. A todos o meu sensibilizado agradecimento e gratidão.
- Desde o Governador Sergio Cabral, o Secretário Júlio Bueno, à nossa querida Jandira Feghali, passando por tantos e queridos parlamentares que militam nesta casa, foi uma corrente vitoriosa. Na área federal contamos com outros admiráveis parlamentares fluminenses como Edmilson Valentim, que criou uma tão importante frente parlamentar de apoio ao renascimento da indústria naval, e o nosso querido Luiz Sérgio, que teve sua liderança forjada nas lutas sindicais dos estaleiros de Angra dos Reis.
-Nordestino, de uma família do interior do Ceará, procurei como homem público, trabalhar pelo meu Estado, e mais tarde, como representante do Ceará no Parlamento, dar o melhor dos meus esforços em prol não só dos meus conterrâneos mas também dos mais legítimos interesses do povo brasileiro.
- Tenho orgulho de, como legislador e gestor público, ter contribuído para a plena democratização do país e para consolidar os sólidos alicerces econômicos que possibilitaram o notável desenvolvimento recente do meu país.
- À frente da Transpetro, fui honrado pelo Presidente Lula com a tarefa de gerenciar um programa capaz de reativar a indústria naval brasileira, que vinha de uma crise de décadas. Sob a firme condução da Presidente Dilma Rousseff, à frente do PAC, o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro – Promef - mudou a face da indústria naval brasileira, que voltou aos radares do mercado mundial de navios.
- A nossa indústria naval, que tinha apenas 1.900 operários no início desta década, hoje conta com 50 mil. Só ao longo do programa de navios da Transpetro, vamos proporcionar 200 mil empregos, entre diretos e indiretos. Nosso programa viabilizou a instalação de estaleiros, a modernização e ampliação de outros e motivou empresários nacionais e estrangeiros a investir no setor. Temos hoje projetos de novos estaleiros em gestação em vários Estados.
- Como foi a característica do Governo Lula, o programa visa desenvolver o setor, em bases mundialmente competitivas, sempre tendo com prioridade melhorar a vida de milhares de brasileiros. Este objetivo está sendo plenamente atingido. Estamos criando e multiplicando empregos dignos, com carteira assinada, e amplas oportunidades de capacitação e aperfeiçoamento profissional.
- Quero dizer aos prezados amigos da Assembléia que me senti amplamente reconfortado pelo que o nosso projeto proporcionou ao Estado do Rio. Aqui é o berço e o principal polo brasileiro da indústria naval. Foi aqui que o sonho da indústria naval brasileira começou, pelas mãos de um grande brasileiro, o visionário Barão de Mauá.
- Foi pelo trabalho dedicado, sobretudo dos metalúrgicos fluminenses, que nas décadas de 70 e 80 chegamos a ser o segundo maior fabricante mundial de navios de grande porte. Isso graças à visão de outro notável brasileiro, o Presidente Juscelino Kubitschek.
-Foi aqui, também, que, infelizmente, mais sentimos os efeitos da posterior crise do setor, quando operários altamente qualificados tiveram que se transformar em vendedores ambulantes para continuarem sustentando dignamente as suas famílias.
-Para mim, particularmente, assim como para a minha família, o Rio de Janeiro é um lugar muito especial. Aqui morei, quando o Rio era a capital do país. Aqui morei, quando o meu pai servia ao governo João Goulart. Infelizmente, daqui tive que partir para o exílio, com a família, quando sobreveio o movimento militar de 1964. Para aqui voltei, militei no movimento estudantil e depois me formei.
-Aqui estou, com grande prazer e orgulho, há quase 8 anos, dirigindo uma empresa estatal que tem sua sede num prédio tradicional da esquina mais central da capital do Estado. A Transpetro, graças ao seu programa de navios, conseguiu trazer de volta o sorriso, a auto-estima e sobretudo a dignidade a milhares de metalúrgicos que voltaram a trabalhar nos estaleiros fluminenses.
-Se há algo que tem me emocionado nesta gestão à frente da Transpetro é a minha relação amiga e fraterna com os trabalhadores dos estaleiros deste Estado. Poucos eventos, em minha vida pública, me emocionaram tanto quanto as manifestações de carinho e as homenagens que já recebi destes trabalhadores.
- Os trabalhadores e empresários do setor naval do Rio de Janeiro foram peças fundamentais para o sucesso do Promef. Eles fizeram muito mais do que apoiar o nosso programa. Eles ajudaram a elaborá-lo, a concretizá-lo e a defendê-lo, nas poucas vezes em que a sua continuidade, por qualquer razão, esteve ameaçada.
- O meu pai, que nos deixou há tão pouco tempo, para imensa dor de toda a sua vasta família e de todos os seus muitos admirdores e amigos, amava o Rio de Janeiro, sua gente, assim como amava sua terra natal, e o seu país. Eu também amo o Rio, sua gente, sua tradição, a coragem com que seus dirigentes e a sua população enfrentam problemas complexos e por vezes assustadores, compartilhados por outros grandes importantes estados com metrópoles populosas.
- No que eu puder, o Rio vai continuar contando, além do meu amor, com a minha ajuda e todo o meu empenho. Aliás, o Rio já está voltando a ocupar o lugar que merece nesta grande Nação. A produção petrolífera, as riquezas do pré-sal, e toda a cadeia produtiva gerada a partir deste potencial estão tendo papel fundamental nesta recuperação.
-A indústria naval já voltou a ocupar o lugar que merece neste estado. Só o nosso programa de navios encomendou a quatro estaleiros fluminenses 16 navios, que representam 2,2 bilhões em investimentos e 50 mil empregos, entre diretos e indiretos. Apenas no Estaleiro Mauá, o Promef propiciou a contratação de 3 mil trabalhadores.
-O nosso programa já lançou ao mar três dos 49 navios encomendados a diversos estaleiros brasileiros. O Promef está entrando agora num ritmo mais intenso de lançamentos e entregas de navios. No próximo ano lançaremos mais seis navios, dos quais três aqui no Estado do Rio.
-Este é a nova indústria naval fluminense que nós, da Transpetro, também estamos ajudando a construir. Este também é um relato sincero e emocionado que faço a todos os companheiros da Assembléia Legislativa sobre o orgulho e a minha satisfação pessoal em ser parte dessa história.
-Os brasileiros amam o Rio, os brasileiros torcem pelo Rio. O Rio não poderia deixar morrer uma de suas maiores riquezas, uma de suas maiores vocações, que é a indústria naval. A situação já está mudando. O estado está recuperando o seu prestígio, a sua auto-estima, reencontrando as suas vocações e explorando o seu potencial natural.
-Mais uma vez, agradeço, comovido, a honra que os parlamentares deste Estado estão me proporcionando hoje. A porção fluminense deste coração nordestino a cada dia bate mais forte.
Muito obrigado a todos.
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