Ouvido sobre sondagem de Dilma, Ciro pede ‘tempo’
Sidinei Lopes/Folha
Em viagem ao exterior, Ciro Gomes foi ouvido sobre a sondagem feita por Dilma Rousseff para que ele retorne ao Ministério da Integração Nacional.
Pediu tempo para pensar. Ficou de dar a resposta nesta semana. Dilma espera fechar a negociação com o partido de Ciro, o PSB, antes de quarta-feira (15).
Conforme noticiado pelo Painel, na Folha, a ideia de devolver Ciro à Esplanada foi exposta por Dilma ao governador pernambucano Eduardo Campos.
O blog apurou que Campos, presidente nacional do PSB, acionou o irmão de Ciro, o governador cearense Cid Gomes, também filiado ao partido.
Coube a Cid contactar Ciro. Ouviou-o pelo telefone, na sexta-feira (10). Depois, informou a Campos sobre o pedido de tempo.
Ciro já ocupou a pasta da Integração Nacional sob Lula.
Nomeado em 2003, deixou o cargo em março de 2006, para disputar uma cadeira de deputado federal.
Eleito, revelou-se um legislador em litígio com a atividade legislativa. Tornou-se um faltoso contumaz.
Desgostoso, absteve-se de concorrer à reeleição neste ano de 2010. Tentou empinar uma candidatura presidencial. Porém...
Porém, foi alijado da disputa pelo PSB, que preferiu associar-se, a pedido de Lula, à coligação vitoriosa de Dilma Rousseff.
No primeiro turno da eleição, Ciro dedicou-se à reeleição do irmão Cid, no Ceará. Só no segundo round achegou-se ao comitê de Dilma.
O nome de Ciro não constava da lista de candidatos a ministro que o PSB levou a Dilma.
Para a pasta da Integração Nacional, o nome sugerido foi o de Fernando Bezerra, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.
Na hipótese de Ciro responder positivamente ao aceno de Dilma, Bezerra deve ser deslocado para a Secretaria Nacional de Portos.
Se preferir, o próprio Ciro pode optar pela secretaria de Portos. Nesse caso, cogita-se vitaminá-la com o acréscimo da gestão dos aeroportos.
O simples pedido de tempo de Ciro foi recebido em Brasília como um sinal alvissareiro. Receava-se que ele refugasse a oferta de Dilma de bate-pronto.
Agora, aguarda-se pela resposta do quase ex-deputado para fechar o desenho da participação do PSB na equipe de Dilma.
Afora essa pendência, os operadores de Dilma tentam convencer Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) a aceitar a nova pasta das Micro e Pequenas Empresas.
Convertido em ministro, Valadares se licenciaria do Senado, cedendo a cadeira ao suplente José Eduardo Dutra, presidente do PT federal.
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