Subiu no telhado o plano de Dilma Rousseff de providenciar uma cadeira de senador para o presidente do PT, José Eduardo Dutra.
A ideia é conhecida. Envolve o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE, na foto), de quem Dutra é suplente.
Convertendo Valadares em ministro, Dilma o forçaria a se licenciar do Senado. E abria a vaga almejada por Dutra.
O problema é que Valadares refugou a pasta que lhe foi oferecida: Ministério das Micro e Pequenas Empresas, ainda por ser criado.
Cercado de mesuras e rapapés, Valadares informou à cúpula de seu partido: se essa é a oferta de Dilma, prefere permanecer no Senado.
Presidido pelo governador pernambucano Eduardo Campos, o PSB lava as mãos. A acomodação de Valadares, alega o partido, é problema de Dilma.
Eduardo Campos concentra-se naquilo que de fato interessa a ele próprio e ao resto do PSB.
Para o Ministério da Integração Nacional, consolidou-se o nome de Fernando Bezerra, secretário de Desenvolvimento Industral de Pernambuco.
Administram-se agora os interesses que gravitam ao redor da Secretaria Nacional de Portos, outra cadeira que Dilma reservou ao PSB.
Hoje, ocupa a função Pedro Brito, um técnico ligado a Ciro Gomes (PSB-CE). Inicialmente, cogitara-se mantê-lo. Agora, deseja-se trocá-lo.
A bancada de deputados do PSB indicara seu ex-líder, Márcio França (SP) para a pasta do Turismo, que Dilma terminou entregando ao PMDB.
Com isso, França tornou-se um cotado automático para a secretaria de Portos. Contra ele, uma preferência de Dilma por outro deputado: Beto Albuquerque (PSB-RS).
Quanto a Valadares, o PSB não pretende afastar-se do papel de Pilatos. Se quiser mandar Dutra ao Senado, Dilma terá de providenciar algo, digamos, mais atraente.
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