Celeuma - Cid e Eduardo Campos racham por nomeação

O clima anda tenso entre o governador Cid Gomes e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ambos do PSB. Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, os socialistas teriam fechado um acordo informal, no qual Cid indicaria o secretário Executivo da Integração Nacional, e Campos, de Portos. Contudo, o pernambucano atropelou as negociações ao nomear Alexandre Navarro para a subchefia da Integração, gerando insatisfação no grupo cidista.

Cid, no entanto, esteve ontem em Brasília. Conforme sua assessoria, ele estaria cumprindo agenda de contato com alguns ministérios, na tentativa, de cobrar recursos ainda relacionados à antiga gestão. Cid, nos bastidores, aproveitaria a estadia para traçar estratégias políticas, visando mais espaço em cargos federais. Porém, a expectativa não foi confirmada por sua assessoria.
A celeuma entre Cid e Campos, no entanto, só esquenta os boatos de que os irmãos Ferreira Gomes estariam se despedindo do PSB. Insatisfeitos, eles rumariam para o PRB. Rumores, por sua vez, negado pelas partes.

Indagado na última segunda-feira, durante evento de posse do novo presidente do Tribunal de Contas do Município (TCM), sobre a disputa de cargos no governo Dilma Rousseff, Cid afirmou que “esta seara não é minha praia”. E destacou que o importante é buscar recursos para concluir a Transnordestina, a transposição do rio São Francisco, além de aumentar as casas do programa Minha Casa, Minha Vida. “Briga de cargos é mais um exercício de vaidades, e que acaba não chegando nada para a população”, pontuou.

“Forma sincera”
O ex-deputado Ciro Gomes (PSB), por sua vez, também tem tratado do assunto reservadamente. Em entrevista ao jornal o Estado, durante o ato de posse de Cid Gomes, na Assembleia Legislativa, no início do mês, Ciro disse que as indicações do PSB estavam sendo tratada de “forma muito sincera” entre os socialistas.
“A gente não cultiva dissidências no partido. O Cid está tratando com o Eduardo Campos de forma muita sincera, como deve ser. É claro que há um certo pudor, um certo melindre no trato comigo. Eu prefiro a franqueza e eles preferem caminhos meio transversos. Não é um problema pessoal, é um problema de percepção política”, alegou Ciro, ressaltando que o governador de Pernambuco aceitou cedo demais a pressão do ex-presidente Lula e do PT, abortando a candidatura presidencial de Ciro e, segundo ele, “entregando rapidamente a força potencial” que o partido detinha. “Neste passo, desservimos ao país. E note que digo desservimos, porque eu acatei a decisão. Acho que o partido teria qualificado o debate eleitoral”, pontuou.

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