
O Globo
Quando se pede a um brasileiro que faça uma lista de lugares que ele gostaria de conhecer, é quase certo que apareça lá o arquipélago de Fernando de Noronha. Visitar as praias de uma ilha paradisíaca é um sonho de milhões de pessoas.
Noronha parece mesmo um paraíso, mas os moradores da ilha sabem que não é bem assim. Há desabastecimento de gás, gasolina e até produtos básicos em supermercados, como ovos. Desde novembro, o Ministério Público cobra providências da administração da ilha. Até agora, não obteve resposta.
Todos os dias, cerca de 350 pessoas desembarcam em Fernando de Noronha. Mas, na região, 3 mil pessoas que moram na ilha enfrentam problemas de abastecimento, porque quase tudo que é consumido no arquipélago chega pelo mar.
No único posto de combustível, paga-se uma das gasolinas mais caras do país: R$ 3,78, o litro.
- Sempre está faltando combustível aqui na ilha. Quando acontece isso, tem racionamento - contou o taxista João Rodrigues.
O gás de cozinha também é comercializado no posto. Mas desde setembro do ano passado, quando houve uma explosão em uma das duas embarcações que levavam o gás do Recife para a ilha, há desabastecimento. E quando chega, o botijão custa o dobro do que se paga em Recife.
O botijão de 13 quilos sai por R$ 63 na ilha, enquanto no Recife, o preço é de R$ 34.
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