O Mosteiro de São Bento, uma das edificações históricas mais imponentes de São Paulo, é também uma ilha de tranqüilidade no centro da grande metrópole. Mesmo situado perto do movimentado Vale do Anhangabaú, um dos locais de trânsito mais agitado e de ruas barulhentas da quarta maior cidade do mundo, é o lugar ideal para as pessoas que buscam recolhimento e o melhor da música sacra.
Como foi – Era um trabalho para o livro sobre os 450 anos de São Paulo, em 2004. Minha tarefa era mostrar as facetas religiosas da cidade. Já tinha fotografado os evangélicos, os budistas e o pessoal da umbanda. Guardei o olhar sobre os católicos para o mosteiro. Eu sabia que todos os dias da semana – às seis da manhã, ao meio dia, à tarde e no começo da noite –, o coro dos monges se reúne para cumprir o ritual religioso do canto gregoriano. Lado a lado, no centro da capela, cumprem à risca a liturgia de entoar as Vigílias, as Meridianas, as Laudes e as Vésperas. Como dizem os frades, são orações cantadas, apropriadas para os fieis que buscam paz e recolhimento para meditar e rezar. É uma tradição da ordem beneditina, congregação da Igreja fundada na Idade Média.
Orlando Brito
Orlando Brito é um dos maiores fotojornalistas do mundo. E é meu amigo.
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