Fotografia é história - Por que o desfile
A nova presidente Dilma Rousseff, acompanhada da filha Paula, e o vice Michel Temer com a esposa Marcela desfilam em carros conversíveis após tomarem posse no Congresso. 1º. de janeiro de 2011.
Como foi – Tudo no poder é simbólico. Alguns gestos têm mensagem direta. Outros, subjetiva. Por exemplo, o desfile em carro aberto do cidadão ou cidadã que assume o comando da Nação. Significa que o novo mandatário está se expondo ao povo, saudando a população a caminho de suas novas responsabilidades e, enfim, a chegada de uma nova ordem. Mas não custa saber que automóveis são esses. O Rolls-Royce fabricado em 1952 na Inglaterra tem história curiosa, a começar por sua verdadeira origem. Uma das versões é que foi doado ao governo brasileiro pela Rainha Elizabeth II logo depois de receber a coroa britânica. Outra hipótese é que foi presente de Assis Chateaubriand, então dono dos Diários Associados, a Getúlio Vargas. Aliás, foi a bordo dele que Vargas desfilou no Estádio de São Januário em 1º. de maio de 1953, nas comemorações do Dia do Trabalho. O veículo – tido como xodó do acervo histórico da Presidência da República – é utilizado pelos presidentes somente em ocasiões especiais, como o desfile do Sete de Setembro. Já o outro conversível que transportou o vice Michel sua mulher Marcela, é um Cadilac 1968, de fabricação americana, alugado para a ocasião de um colecionador brasiliense.
Orlando Brito
Orlando Brito, um dos mais importantes fotojornalistas do mundo é meu amigo.
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