O jornalista Messias Pontes, filiado ao PCdoB, não gostou da entrevista do Geneal Torres de Melo dada ao Jornal O Estado e hoje, na página de opinião do dito jornal, deu o troco. Foi pesado contra a brigada de carga ligeira e pegou na baioneta não calada pra responder. Eis o texto dele...
General, a guerra fria acabou!
Em entrevista ao jornal O Estado, edição de 24/01/2011, o general reformado do Exército, Torres de Melo, também coordenador do Grupo Guararapes (de extrema direita), ainda defende a famigerada e finada Lei de Segurança Nacional, imposta durante a trágica ditadura militar implantada em 1º de abril de 1964 e finda em 15 de março de 1985, e não percebeu também que a guerra fria acabou.
Nessa entrevista, ele diz uma série de sandices e só faltou dizer que comunista come criancinha e mata os velhos para fazer sabão como ensinou aos seus subordinados na caserna. Ele acusa a esquerda de ser a favor de ditadura, mas esqueceu de dizer que ele foi um dos golpistas de 64 e defensor até hoje da ditadura militar que infelicitou a nação brasileira, demitindo funcionários públicos, cassando mandatos parlamentares, fechando o Congresso Nacional, prendendo sem mandado judicial, portanto ilegalmente, banindo, torturando, estuprando e matando covardemente quem se opunha à tirania fardada, e ainda ocultando cadáveres e escondendo documentos oficiais.
Defensor de democracia sem povo, Torres de Melo se queixa do “ódio da esquerda” mas destila um ódio insano contra todos que não leem na sua cartilha, em especial os que defendem a liberdade com o povo e a soberania nacional. O ódio dele ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a ser patológico. Talvez por entender que um ex-operário metalúrgico, retirante nordestino e sem formação acadêmica não pode ascender ao mais alto posto da Nação, e nesta condição, comandante-em-chefe das Forças Armadas. É com relação ao PNDH-3 que ele demonstra ainda mais o seu desprezo pela democracia que diz defender.
Esse General, que ainda chama a quartelada de 1º de abril de revolução, é um intransigente defensor das carcomidas oligarquias que não se conformam com o fato de Lula ser hoje uma das maiores lideranças mundiais, recebendo um sem-número de condecorações de governos, entidades e até de jornais e revistas conservadores dos Estados Unidos e da Europa.
Tirar 25 milhões de brasileiros da miséria e levar mais de 35 milhões à classe média; levar mais de 700 mil filhos de operários e camponeses pobres à universidade.
Messias Pontes - Jornalista
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