O ex-prefeito de Sobral, Leônidas Cristino (PSB), assumiu ontem a Secretaria Especial de Portos, em Brasília. Ele substitui o também cearense e correligionário Pedro Brito, que ocupava a pasta desde 2007. Cristino é uma indicação de Ciro Gomes e compõe a cota do PSB dentro do Ministério de Dilma. O partido também conquistou o Ministério da Integração Nacional, indicado por Eduardo Campos, como o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra. Na cerimônia de posse, além de deputados e senadores do PSB, PT e PMDB, estiveram presentes o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o próprio Cid. Ciro Gomes, no entanto, permaneceu no Ceará, não comparecendo nem a posse de Cristino nem a da presidente.
“O Estado do Ceará sempre teve nomes ilustres em ministérios, e o Leônidas vai honrar o Ceará. Mas é claro que ele será ministro do Brasil, e não do Ceará, e vai ter que se preocupar com todas as questões nacionais”, disse Cid Gomes, na ocasião.
Em seu discurso de despedida, Pedro Brito apresentou ao novo ministro medidas que precisam ser tomadas, tais como avanços no marco regulatório, a Lei dos Portos, de 1993, e pediu a continuidade da expansão dos portos brasileiros, o aumento do acesso terrestre aos portos e a integração intermodal de logística, priorizando as ferrovias e hidrovias.
Em curto prazo, o ex-ministro afirmou que é necessário ampliar os espaços alfandegários nos portos, com mais fiscais de receita e mais agilidade na liberação das importações. Brito afirmou que sua gestão faltou criar centros de ensino e pesquisa portuária e o completo saneamento financeiro das companhias Docas.
Parte do projeto
Depois da cerimônia de posse de Leônidas, Cid negou que o PSB tenha ficado insatisfeito com o espaço dado pela presidente Dilma Rousseff. “O partido, desde o início, sempre colocou: nós nos sentimos parte deste projeto que a Dilma representa e estaremos satisfeitos com qualquer espaço. É natural que o partido queira mais poder, nós pleiteamos, mas não é uma barganha, nem uma condição para o apoio a Dilma”, disse o governador. A presidente Dilma Rousseff deve comandar hoje a primeira reunião ministerial, uma vez que todos os ministros já foram empossados oficialmente.
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