Sábado de Claudio Humberto

Sabe voce que ninguem trabalha dia de sábadi neste blog. Só o patrão. Pois bem, a coluna do sábado é do nosso Claudio Humberto, do Jornal O Estado.

Thomaz Bastos forçou indicação de Abramovay

O ex-secretário Nacional de Políticas Sobre Drogas, demitido ontem pela presidenta Dilma, ficou no cargo por 21 dias, mas, se dependesse da vontade do seu chefe imediato, ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), o garotão nem sequer teria sido nomeado. O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que o empregou em seu escritório de advocacia, “forçou” a nomeação, segundo fonte do Palácio do Planalto.


Já vai tarde
Abramovay defendia a descriminalização do “pequeno traficante” de drogas, irritando a presidenta e o ministro José Eduardo Cardozo.

Contramão
O ministro da Justiça esclareceu que o governo quer o contrário, isto é, o endurecimento da punição a traficantes e, portanto, a quadrilheiros.


Saia justa
Dilma não esquece: a revista Veja revelou em outubro que Abramovay disse receber pressão dela para produzir dossiês contra adversários.


Língua de trapo
Abramovay contou a lorota dos dossiês a Romeu Tuma Jr, envolvendo também Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do então presidente Lula.


Wikileaks sabia que Roseana não tinha conta
Uma semana antes de o Wikileaks informar a suposta conta na Suiça da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e do marido, Jorge Murad, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro enviou por e-mail ao advogado de Julian Assange, dono do site, declaração do banqueiro Julius Baer atestando que o casal nunca teve conta por lá. Abriram uma trust em 1993 e fecharam em 1999 sem movimentação financeira.


Questão sucessória
Roseana e Jorge se recasaram em 1993, e criaram a trust para tratar a questão sucessória, se preciso: ele teve uma filha de outra relação.

Extinção
A truste de Roseana e Jorge Morad, segundo Almeida Castro, o Kakay, acabou extinta porque “a filha não era, nem de longe, um problema”.

O contrato
Trust é um contrato, reconhecido por lei, em que um indivíduo transfere ativos ou bens para uma ou mais pessoas.

Ela merece
A jornalista Tereza Cruvinel, que preside a EBC, deve ocupar uma função em Paris. O diretor Operacional, Roberto Gontijo, tem recebido instruções diretas de Dilma – como no Rio, na visita à região serrana.


Caju amigo
O Ministério Público de Aracaju parou nesta sexta-feira. É que começou na capital sergipana o “Pré-caju”, a maior festa pré-carvalesca do país, que só acaba domingo.


Desmentido
O abalo no prédio da Advocacia Geral da União, ontem, em Brasília, não foi de maneira nenhuma provocado por consciências pesadas pelos pareceres produzidos em fazer do bandidão Cesare Battisti.

Tratamento no exterior
Dois netos de Joaquim Roriz são hemofílicos, mas – ao contrário do que informaram ao secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa – não se beneficiam da gratuidade do Fator 8 Recombinante, que custam caro ao governo local. E hoje residem nos EUA, onde se tratam.

Vigaristas
A turma que subloca apartamentos ou dá calote de R$ 50 no “Minha Casa, Minha Vida – como informou o Estadão – rebatizou o programa do governo federal. Agora é “Minha Casa, Meu Negócio”.

Com muita honra
O deputado Paulo de Oliveira Lima (PMDB) concorre à presidência provisória do partido em São Paulo com o deputado Baleia Rossi, filho do ministro Wagner Rossi (Agricultura), ex-superintendente do Porto de Santos e citado no livro “Honoráveis Bandidos”, de Palmério Dória.


Subjugados, não
Para Lourenço Prado, presidente da Contec, entidade de empregados em empresas de crédito, “o sindicalismo não pode ser subjugado pelo governo ou perde sua essência: a defesa dos trabalhadores”.


Desconfiômetro
A multinacional americana Canon – de impressoras e equipamentos fotográficos – doou US$ 200 mil à Cruz Vermelha para os desabrigados do Rio. É notável o “mão de vaquismo” das empresas e empresários brasileiros. Talvez por desconfiarem do destino do dinheiro...


Pergunta no cinema
Quando será rodado o filme “Lula, o rejeitado”?


Poder sem pudor
Trocando as bolas

Nos dias que antecederam a decretação do AI-5, em 13 de dezembro de 1968, o clima era agitado nos círculos militares. O deputado Márcio Moreira Alves ocupava o centro das atenções porque poderia ser julgado pelos militares por declarações contrárias ao regime. Dessa forma, o nome do parlamentar foi parar nas manchetes de um jornal. “Márcio Moreira Alves inaugura pista de pouso", dizia o periódico. Trocaram o Márcio. A notícia se referia ao ministro da Aeronáutica, Márcio de Souza Melo.

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