O alto preço de um apoio
Hoje, quando o Congresso Nacional estiver votando o valor do novo salário mínimo, deputados e senadores terão que suportar uma barulheira estridente, capaz de romper tímpanos. Mas esta não virá de modestos e conformados trabalhadores, e sim, de uma outra força, essa muito mais forte e ameaçadora: os sindicalistas da CUT, Força Sindical, UGT, NCST, CTB e CGTB, que juntas mobilizam 58 milhões de associados de mais de 6 mil sindicatos, com um orçamento anual de R$ 200 milhões, e têm em mãos os fundos de pensão do BB e da Petrobras, que somam R$ 190 bilhões. Apesar das variadas siglas eles só têm três objetivos: cargos, poder e dinheiro pelos quais exibem um apetite inesgotável. Para ter o apoio desse batalhão naqueles momentos difíceis do “mensalão”, quando foi ameaçado até de “impeachment”, o presidente Lula teve que abrir os cofres da União para municiá-los de mais dinheiro e posições, a ponto de o Paulinho, presidente da Força Sindical gabar-se de que “nunca negociamos com Lula para sairmos de mãos vazias...” A “zoadeira” prometida por eles para a hora da votação no Congresso, seria, aparentemente, para defender um salário mínimo melhor para os trabalhadores. Não é. Na verdade, o que eles querem, com essa demonstração de força, é intimidar a presidente Dilma, preocupados com a possibilidade de ela mexer no seu império, que, entre outras benesses, inclui 1.300 pomposos cargos, incluindo postos-chaves na Petrobras. E Dilma mais do que ninguém, sabe disso.
• SEM “RACHA”.
Desafiado pela vereadora Toinha Rocha (PSOL) a se candidatar à PMF, o deputado Heitor Férrer (PDT) diz que toparia, contanto que não seja para criar cisões no seu partido.
• LANÇAMENTO.
Amanhã, no Auditório da AL, a jornalista Silvana Frota, editora da Revista Ceará e Municípios, fará o lançamento do Guia Parlamentares e Governantes, em que destaca com detalhes os principais gestores e legisladores do CE e do país, para o período 2011-2014.
• RECURSOS.
Sexta-feira, o governador Cid recebe o ministro da Integração, Fernando Bezerra, de quem cobrará recursos urgentes para reconstruir os estragos do inverno em Crato.
• ALIADO.
Os defensores do fim do voto obrigatório no Brasil ganham um aliado influente: o senador Itamar Franco, ex-presidente da República.
• MEDIDA...
aplaudida da presidente Dilma, que defenestrou de Furnas o pessoal do PMDB, devido a trapalhadas na empresa, enquanto esta esteve em seu poder.
• E CONSEQUÊNCIA...
Pela atitude moralizadora da presidente que mexeu com os brios da turma peemedebista, o troco não demorou muito; até ontem, 30 dos 77 deputados do partido posicionavam-se contra o salário mínimo de R$ 545, proposto por ela.
• MEIO DIFÍCIL.
Comenta-se por aí, que o governador Cid poderia indicar o mano Ciro para presidir a Adece. Bem pouco para quem só pensa “naquilo”: presidir o país...
• É COM ELE.
Referindo-se à “peitica” do governador Eduardo Campos com os Ferreira Gomes, o governador Cid diz: “Se ele quer ser vice em 2014, deve se preocupar é com o PMDB”.
• DESLOCAMENTO.
A PMF precisa agir novamente, e já. Camelôs tirados da Lagoinha e da Liberato Barroso, invadiram a Praça José de Alencar.
• NÃO VOTA.
Corajoso o deputado Eudes Xavier (PT), ao dizer que não vota no salário mínimo de R$ 545, apesar das ameaças do Planalto.
• COERÊNCIA.
Sobre a sua arriscada atitude, Xavier declara: “Sou sindicalista e coerente. Se for punido, serei punido pela própria história do PT”.
• SÓ COMPARANDO.
Os parlamentares da Suíça têm direito a uma espécie de “kitinete”. No Brasil, deputados e senadores têm direito a apartamentos cuja reforma chega a R$ 450 mil...
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