É preciso "enturmar"
Na sessão de ontem, da Assembleia Legislativa, ao apartear o seu colega Fernando Hugo (PSDB), o deputado Welington Landim (PSB), mesmo pedindo desculpas aos nossos representantes federais, trouxe a público uma queixa que é generalizada: está faltando mais trabalho conjunto daqueles nossos representantes. Não há como contradizer o ex-presidente do Legislativo cearense. Por mais que tenhamos uma representação de boa qualidade individual na Câmara dos Deputados e no Senado, a verdade é que, quando se trata de usar mais espírito de grupo, os nossos federais parecem não querer absorver o “modus agendi” de bancadas como as de São Paulo e Pernambuco, entre outras, quando a defesa dos interesses maiores dos seus estados estão em jogo. Os resultados são muito evidentes, e os números resultantes comprovam. Quando se trata de atrair médios ou grandes projetos destinados ao desenvolvimento econômico desses estados, os seus parlamentares, mesmo que adversários figadais terminam encontrando uma maneira de se “enturmar”, no que vêm conseguindo superar as demais unidades da Federação. No caso do Ceará, além de carecer de mais trabalho conjunto para a aprovação de projetos de vulto, essa ausência de unidade tem faltado também na hora de lutar pela liberação de recursos federais já aprovados e de extrema urgência. Só como exemplo, aí está o Hospital Walter Cantídio e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, sem recursos para adquirir até mesmo materiais para uso médico diário, e ameaçado, inclusive, de fechamento, para desespero de milhares de pessoas que dele necessitam, sem se falar nos estudantes que nele têm a sua segunda sala de aula. Num país onde rareiam os espaços para legislar, os nossos homens em Brasília deveriam pelo menos se utilizar do direito que têm de cobrar o que o Governo Federal está devendo ao nosso povo.
Pronunciamento
A deputada Patrícia Saboya ainda não ocupou a tribuna do Legislativo, mas promete fazer sua estreia na próxima semana. Com vasta experiência de Parlamento em seu currículo, seu pronunciamento vem sendo aguardado com expectativa pela crônica política.
• Descrença.
Ex-vereador, o deputado Roberto Mesquita, um dos mais presentes em plenário, não se mostra entusiasmado na Assembleia Legislativa e vê pouca diferença entre a Câmara Municipal e a Assembleia Legislativa.
Perseguição.
Deputados tucanos defendem Gony Arruda. Sob ameaças da cúpula do seu partido de ter o mandato cassado, o parlamentar está se considerando vítima de perseguição.
Estranho.
Causou espécie, o deputado Fernando Hugo, com inflamada oratória, fazer a defesa do ministro Fernando Bezerra, (menino de recado do presidente do PSB), acolhendo pedido do governador em exercício, Domingos Filho. Não era assunto para tucano meter o bico.
Dissidência.
Jornais de Pernambuco partem em defesa de Eduardo Campos crucificando Cid Gomes. O governador do Ceará é acusado de liderar dissidência dentro do PSB para desgastar nacionalmente o Dudu do Dr. Miguel.
Estrabismo.
Os pernambucanos criticam Cid por viajar no jatinho de amigos para o exterior, levando a esposa, mas não acham nada anormal o Sr. Eduardo Campos querer que a sua mãe lidere a bancada do PSB na Câmara Federal.
Sanitarista.
Médico sanitarista, o presidente da Assembléia Legislativa parece que não sabe cuidar da própria saúde. Acometido de virose, passou o final de semana confinado à sua residência, na cama.
O Rei sou Eu.
Eduardo Campos não aceita que Ciro Gomes apareça mais do que ele. Quer ser candidato à presidência da República e faz um desabafo que reflete o seu complexo de inferioridade. - Se o Ciro que não tem a força que eu tenho e nem lidera o Nordeste, pode, por que eu não posso?
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