Diocese pode ter manipulado documentos para transações imobiliárias em Juazeiro


Demontier Tenório
A polêmica em torno da venda de um terreno pertencente à Basílica menor de Juazeiro do Norte ao corretor de imóveis, Francisco Pereira da Silva, pelo monsenhor Murilo de Sá Barreto continua rendendo. Hoje pela manhã surgiu a informação sobre a possibilidade de documentos forjados pela Diocese de Crato que revelam algumas incompatibilidades.

O advogado Carlos Milfont chama a atenção para uma determinação ao então pároco Padre Paulo Lemos Pereira no sentido deste comparecer em cartório a fim de assinar a transmissão de dois imóveis. O problema é que esse documento assinado pelo Bispo Diocesano, Dom Fernando Panico, é datado de 30 de abril de 2007 e o registro dos citados imóveis estão com a data de 3 de maio do mesmo ano.

Ou seja, os prédios situados na Avenida Floro Bartolomeu da Costa, 116 com área de 190 m2 e na mesma rua sob o número 128 e área de 223 m2 só foram registrados depois e teve como compradora Terezinha Menezes Barbosa. Segundo o advogado, nesses documentos constam duas matrículas incompatíveis e que só passariam a existir quatro dias após.

Para ele, foi fabricado posteriormente e assinado com data anterior à matricula dos imóveis. Já um dos responsáveis pelo cartório do registro de imóveis, Cícero Machado, volta a erguer a tese do Modus Operandis dos vigários que era agir sem autorização do bispo. Ele próprio fez um levantamento e descobriu 46 transações na área de jurisdição da Diocese mais precisamente nos municípios de Aurora, Brejo, Mauriti e até no Crato.

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