Alívio - "Graças a Deus, saí do PSDB" diz Gony Arruda
Graças a Deus já deixei o partido”. Foi saboreando um paladar muito especial que o secretário do Esporte (e deputado estadual licenciado), Gony Arruda, declarou que já está fora do PSDB e que, por isso, pode trabalhar tranquilo na sua pasta para produzir o mais que for possível em favor da população cearense no setor esportivo.
Ao jornal O Estado, Gony previu que deixará de figurar nas manchetes da crônica política como infiel do ninho tucano, uma vez que seu desejo, diz ele, sempre foi trabalhar em favor do esporte estadual e agora mais do que nunca, livre que está dos transtornos partidários que o ocuparam nos primeiros meses deste ano, quando atendeu o chamado do governador Cid Gomes (PSB) para assumir a pasta.
Gony afirma não sentir qualquer mágoa do PSDB, mas, sem citar nomes, observa que “tem tucano que foi infiel ao partido e ficou por isso mesmo, porque era peixe graúdo”. Para mostrar que não tem ressentimentos no coração quanto à agremiação tucana, o secretário destaca os muitos amigos que continua a ter no partido, embora alguns já tenham admitido cogitar o mesmo êxodo.
UM PARTIDO QUE ME RESPEITE
Gony continua sem partido e não sabe ainda quando vai se filiar a uma outra sigla, pois continua examinando qual a melhor delas e, ademais, não há pressa, já que só vai se candidatar à reeleição para a Assembleia Legislativa em 2014. “Eu não sei a qual partido vou me filiar, mas asseguro que vai ser àquele que me considere, que me respeite como uma pessoa de responsabilidade”. Entre as opções estão o PMDB do vice-governador Domingos Filho e o PSD, criação recente do prefeito paulistano, Gilberto Kassab.
O secretário do Esporte acredita que o pai, Esmerino Arruda, prefeito de Granja, permanece no PSDB, mas não sabe até quando, porque não tem comunicação dele a este respeito. “O meu pai ficou muito perplexo com o que aconteceu comigo no PSDB, até porque ele sempre foi um aliado de primeira hora do líder maior do partido, o ex-senador Tasso Jereissati”.
PAI E FILHO PERSEGUIDOS
Quando Gony achava-se ameaçado de expulsão, seu pai declarou a este jornal que ambos sofriam perseguição da cúpula do PSDB, decorrente de “uma verdade” dita por Esmerino em tempos passados: que o próprio Tasso Jereissati apoiou a primeira eleição de Cid ao governo e a de Ciro Gomes à Câmara Federal, sendo Tasso, portanto, um infiel tal como Gony era acusado de ser. “Quando o partido ameaçou expulsar 19 prefeitos por infidelidade, eu disse que tinham que expulsar primeiro o Tasso Jereissati”, relatou Esmerino ao jornal O Estado, em junho passado.
Hoje, Gony Arruda lembra que o pai era tão fiel a Tasso que lhe garantiu, em Granja, a maior votação entre os candidatos ao Senado, embora no final o tucano tenha sido derrotado. “Se em outros municípios tivesse um Esmerino Arruda defendendo e trabalhando, o senhor Tasso Jereissati estaria hoje no seu segundo mandato de senador”, garante o secretário. (com informações de Tarcísio Colares).
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