Antonio Carlos diz que Governo não negociará com professores em greve

O líder do Governo na Casa, deputado Antonio Carlos (PT), ressaltou, na sessão plenária desta quinta-feira (25/08), que esteve reunido ontem (24/08) com o Comando de Greve dos professores da rede estadual de ensino. Na audiência, que contou com a presença do presidente da AL, deputado Roberto Cláudio (PSB), segundo relatou, o chefe de gabinete Ivo Gomes reafirmou que o Governo do
Estado não negociará com professores em greve.

“Tão logo acabe a greve, o Governo voltará a negociar. Mas isso não significa que não possa haver diálogo”, frisou. Conforme observou, não está se questionando o direito da greve, que está acontecendo há mais de 20 dias. De acordo com o parlamentar, também ficou definido, na reunião, que o Governo do Estado não enviará a mensagem sobre o plano do magistério para a Assembleia. “O objeto da mensagem era modificar a tabela de remuneração dos servidores e foi motivador da decisão da paralisação da categoria, já que não houve consenso”, explicou.

Antonio Carlos pontuou, ainda, que o Sindicato-Apeoc divulgou uma tabela indicando que o professor do Ceará recebia o quarto pior salário do Brasil. “Na verdade, pela proposta do Governo, o Estado daria um salto de 10 posições”, comentou. Segundo ele, pela mensagem “o professor que recebe R$ 1.400, inclusive os temporários, passaria a ter um salário de mais de R$ 2 mil”.

Em aparte, o deputado Sérgio Aguiar (PSB) disse que, com a greve, quem perde são os alunos. Ele contou que esteve, na última segunda-feira (22/08), junto com o governador do Estado, em Camocim, na solenidade de inauguração de uma escola profissionalizante. “Lá, foi entregue a Cid Gomes um documento dos representantes da Apeoc. Numa breve discussão com os professores, o governador deixou claro que nunca gerou expectativa de aumento de 100% a 400% para a categoria”, pontuou. Sérgio Aguiar classificou a greve dos professores como “atitude impensada”. Disse ainda que o governador “iria pedir a ilegalidade da greve”.

O deputado Fernando Hugo (PSDB) observou que seu partido em nenhum momento se manifestou a favor da greve. “Até estranho que alguns que em tempos passados embandeiravam o movimento, não estejam acompanhando a greve”, avaliou. Hugo pediu ainda que o Executivo Estadual elabore um plano que pacifique a categoria, “para que os professores voltem a dar aulas”.

O deputado tucano afirmou que “foi o primeiro parlamentar a concordar com a posição do Governo do Estado em entrar, judicialmente, contra a implantação do piso salarial dos professores”. Para ele, alguns pontos da Lei Nacional do Piso não poderiam vigorar. “Só no Estado, teriam que contratar quase oito mil professores, para suprir a carga de horas para as aulas”, avaliou.

Antonio Carlos disse que era a favor da Lei Nacional do Piso. “O piso de R$ 1.187 não é o justo nem razoável, mas esse é o que ficou definido”, assinalou.

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