Em resposta às repetidas acusações da deputado Eliane Novais (PSB) contra o governo do Estado, ontem, na Asssembleia Legislativa, nenhum deputado da base aliada do Palácio da Abolição inflamou-se como o tucano Osmar Baquit, que, do outro lado do plenário, chamou a deputada de “garganta de aluguel da Luizianne” e, no embalo da adrenalina, meteu o deputado Tin Gomes (PHS) na história, acusando-o de conivência em um ato supostamente ilegal praticado pelo então vereador Sérgio Novais, de quem a irmã Eliane era assessora parlamentar.
“Vou citar fatos concretos: ela tem que devolver dinheiro público e surrupiado. Vossa Excelência [Tin], presidente da Câmara de Fortaleza, permitiu uma ilegalidade: o Sérgio Novais foi chamado pras Docas, e Vossa Excelência deixou que ele usasse o dinheiro do gabinete. E a deputada era assessora dele. Molecagem é usar verba do gabinete e não devolver. Devolva o dinheiro que seu irmão comeu!”, bradou o tucano em fúria. Finalizou Baquit em apoio ao chefe da Casa Civil: “Arialdo, se ser moleque é defender o povo, continue com essa molecagem!”.
“Usada”
O outro deputado a falar forte com Eliane na sessão de ontem também não era do PSB, e sim Perboyre Diógenes (PSL), segundo quem “Vossa Excelência está sendo usada. Perboyre disse ainda que “o governador não é homem de ficar mandando recado pelo chefe da casa Civil. Arialdo deu uma opinião pessoal”. Os protestos de Eliane, acrescentou o deputado, se devem ao fato de que “a deputada está desequilibrada porque não tem musculatura pra ser candidata a prefeita”.
Tin Gomes, que apenas assistia à confusão, teve que ir à tribuna desmentir a acusação de Baquit, informando que nada existiu de irregular no uso de verba parlamentar por Sérgio Novais durante seu período na chefia na Companhia Docas. Conforme o segundo vice-presidente da Assembléia, tanto a legislação federal quando o regimento interno da Câmara de Fortaleza autorizam um vereador afastado para exercer função no Executivo a manter gabinete, verba de desempenho parlamentar e assessoria parlamentar. “O Baquit poderia ter lido antes a lei e analisar o caso antes de transformar uma mentira em denúncia”, disse Tin Gomes.
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