Maio de 1982. Carlos Alberto Torres, capitão da Seleção Brasileira tri campeã em 1970, despede-se do futebol. Seu último clube foi o Cosmos, mesmo time em que Pelé e Marinho Chagas também encerraram a carreira e por onde passaram o holandês Neeskens, o paraguaio Romerito, o italiano Giorgio Chinaglia, o alemão Beckenbauer e outros de igual importância. Hoje, quase trinta anos depois, tudo mudou. Torres é comentarista esportivo, empresário e treinador. O Cosmos não existe mais. E o Giants Stadium – palco daquele jogo e de tantos espetáculos esportivos – foi demolido para dar lugar a outro mais moderno.
Como foi – O presidente João Figueiredo foi a Nova Iorque fazer o discurso de reabertura dos trabalhos da ONU. Depois, no hotel, o general recebeu o Carlos Alberto. Conversaram por bom tempo sobre o Fluminense, time do coração de ambos. Aos jornalistas o capitão falou ao general do show que seria sua festa de despedida, da organização americana para eventos de esportes e principalmente dos ídolos internacionais que lá estariam. Figueiredo retornou ao Brasil sem ver o espetáculo. Eu, fotógrafo do Globo, fiquei por mais dois ou três dias. Não tive dúvida, fui à Varig e remarquei meu vôo de volta a Brasília para depois da festa no Giants. Sorte minha. Foi um jogo memorável: dois a dois, o Cosmos de Torres contra o Flamengo de Zico, Sócrates e Júnior. O placar, na verdade nem me interessou. Importante mesmo foi poder fotografar a despedida de um dos maiores jogadores da história.
Orlando Brito.
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