Os juízes federais voltarão a decidir nesta quarta-feira se a categoria entrará em greve, fará uma paralisação no dia 21 de setembro ou continuará as negociações por suas reivindicações. A assembleia dos juízes, organizada pela Ajufe (Associação Nacional dos Juízes Federais), será feita por e-mail, pela intranet ou na delegacia seccional.
Reclamando mais segurança para os juízes, a categoria quer a aprovação de uma polícia do Judiciário e a criação de órgão colegiado para julgamento de organizações criminosas. Ainda fazem parte das reivindicações a equiparação de benefícios em relação a membros do Ministério Público, o aumento de salário, a criação de 225 vagas nas turmas recursais e a ampliação da Justiça Federal de segundo grau.
O resultado da assembleia será divulgado na quinta-feira na sede da Ajufe. Em abril, a entidade fez uma paralisação. Segundo a Ajufe, cerca de 90% dos juízes federais do Brasil aderiram ao movimento. Na oportunidade, os juízes já haviam decidido fazer outra assembleia cerca de três meses depois.
Segurança
Magistrados de todo o país mobilizam-se nos bastidores pela aprovação do Projeto de Lei da Câmara (3/2010) autorizando a criação da Polícia Judiciária, que ficaria responsável pela segurança dos tribunais e dos juízes federais. O texto foi aprovado pelo plenário da Casa em primeiro turno e agora depende de um acordo entre senadores para que seja apreciado em definitivo.
Os juízes estão assustados com a violência que tirou a vida da juíza Patrícia Acioli, assassinada na madrugada de sexta-feira (12), em Niterói (RJ). A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) vem pressionando o Congresso para que retome a votação do projeto, que foi aprovado na Câmara, mas sofreu mudanças no Senado.
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