Maior feira de artesenato do CE abre com de trabalhos de 230 artesãos

O artesanato cearense está em evidência. A qualidade e a criatividade dos produtos locais podem ser vistas na 42ª Feira do Artesanato do Ceará (Feirart), que foi aberta, ontem, na Praça Luiza Távora. Até amanhã, 230 artesãos vão mostrar e comercializar os artigos que vão desde bonecos feitos de argila ecológica a bolsa de pano. A feira é considerada à maior do Estado e funciona das 17 às 22 horas.

Durante o evento, também foi lançado o projeto Identidade Artesanal que, entre outros benefícios, vai facilitar a comercialização dos produtos artesanais e garantir isenção de impostos dentro do Estado, de pessoa física para pessoa física. A Feirart é uma oportunidade de realização de negócios para os artesãos, individualmente ou em seus grupos produtivos. Além da exposição e venda do artesanato, oferece ao público uma programação cultural que inclui shows com grupos musicais, além de barracas de comidas típicas e serviço de cafeteria da Escola de Vida Sabor e Arte.

Vários curiosos e potenciais compradores circularam pelos stands de amostra da Feirart. A bancária Juliana Pereira estava deslumbrada com a criatividade dos artigos e disse que não voltaria para casa de mãos vazias. “Já estou até com medo de gastar muito e meu marido brigar comigo. Tem muita coisa bonita aqui. Dá para perceber que os produtos são de qualidade”, disse.

ARTE ECOLÓGICA
O artesão José Leudo, mais conhecido como “Homem Barro”, inovou e apresentou um tipo de arte que não agride o meio ambiente. Ele produz bonecos para decoração moldados em argila ecológica. Segundo ele, o material é processado sem ser queimado, diminuindo o desmatamento e evitando os danos causados pela temperatura. Entretanto, apesar do talento dos artistas locais, Leudo salientou que a identidade do artesanato cearense está sofrendo interferência de outras culturas.

“Com certeza os nossos produtos são muito bons, mas acho que já foram melhor. Temos muita criatividade, mas os nossos artesanatos estão sendo influenciados por outras culturas, fazendo com que a gente perca a nossa identidade”. O artista disse também que os profissionais devem se preocupar não apenas com o produto final, mas com o resultado que ele trará para o comprador e para a sociedade.

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