Dia 2 de setembro, todos os 4.392 táxis que circulam na Capital deverão atualizar os taxímetros com o aumento de 11,7% na tarifa. Um chip deve ser instalado no aparelho de medida, já com o novo valor na “bandeirada”, que passou de R$ 3,24 para R$ 3,62. O pagamento é inevitável e taxistas denunciam falta de transparência e cobrança abusiva de preço. Cada chip é instalado por cerca de R$ 120. Até ontem, 1.1130 táxis ainda não haviam executado a aferição da tarifa.
Após o decreto da prefeita Luizianne Lins, em maio, autorizando o novo valor, uma tabela manual de preços orientava a cobrança da nova tarifa. Mas isso só foi autorizado por 45 dias. Após o período, os taxistas precisam ir ao Instituto de Pesos e Medidas de Fortaleza (Ipem), onde pagam a taxa do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) de R$ 37,50, referente à verificação do taxímetro. De lá, saem com a autorização para a instalar chip.
PREÇOS DA AFERIÇÃO
Em Fortaleza, três oficinas credenciadas ao Ipem estão aptas a instalar o dispositivo. Uma delas funciona na Cooperativa Mista dos Condutores Autônomos de Veículos de Passageiros do Ceará (Coopcace), que cobra R$ 120 pela instalação e tem poder comercial para compra dos chips em São Paulo.
Tarifa - Taxistas reclamam do preço do novo chip
O presidente da cooperativa, Raimundo Ferreira de Menezes, explicou que o alto valor é justificado pelos impostos pagos. “O preço unitário de cada chip é de aproximadamente R$ 62, mas há pagamento de frete e mais quatro impostos, fora o lucro da empresa”, justificou. Em 2009, ano do último aumento da tarifa de táxi em Fortaleza, o valor cobrado por cada chip era R$ 90.
“Para quem é sindicalizado, o pagamento deveria ser até menor. O desconto era pra ser de, no mínimo, 50%”, opinou o taxista Loureno da Silva Moreno.
Na realidade, o Sindicato dos Taxistas do Ceará (Sinditáxi), que é responsável por uma das oficinas de instalação, cobra apenas R$ 10 a menos em comparação ao preço estabelecido pela Cooperativa. E só tem direito associados que não estejam inadimplentes.
O presidente do Sinditáxi, Vicente de Paulo Oliveira, explicou que a Coopcace repassa os chips por R$ 103 para o sindicato.
“Acrescentamos R$ 7 referentes aos custos de mão de obra e utilização de alguns equipamentos, como lacre e arame. É melhor do que pagar os R$ 120”, ponderou Vicente. Conforme ele, os taxistas que ainda não executaram a aferição estão trabalhando com a tarifa antiga.
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