A procuradora-geral de Justiça Militar, Cláudia Márcia Moreira Luz, decidirá em duas semanas se encaminha ou não ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedido de abertura de ação penal contra o general Enzo Martins Peri. Em nota distribuída anteontem, a Procuradoria Militar afirmou que não há investigação formal contra o general Enzo, que tem foro privilegiado como comandante do Exército e só pode ser investigado pela Procuradoria-geral da República.
A procuradora Cláudia Luz abriu em maio procedimento para analisar a situação do general Enzo e dos outros sete oficiais envolvidos com obras rodoviárias feitas pelo Exército. Os oficiais comandaram o DEC (Departamento de Engenharia e Construção) e o IME (Instituto Militar de Engenharia) entre 2004 e 2009, período em que o Exército firmou vários convênios com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para realizar obras em rodovias.
‘VÃO PAGAR’
O ministro Nelson Jobim (Defesa) disse na segunda-feira (1º) que acompanha as investigações contra os oito generais. Segundo ele, os responsáveis “vão pagar” caso as suspeitas de fraude em obras de rodovias sejam comprovadas. Jobim disse ter sido informado do caso na semana passada pelo comandante do Exército, Enzo Martins Peri. O general é um dos investigados pelo suposto desvio de R$ 11 milhões repassados pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
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