Um dos jornalistas da Associated Press que está cobrindo os protestos na Líbia revelou que os repórteres estrangeiros que estão presos no hotel Rixos, em Trípoli, foram ameaçados pelos seguranças leais ao ditador Muammar Gaddafi. As informações são do jornal britânico "The Guardian".
"Um jovem segurança ficou paranóico ao pensar que os jornalistas estavam fornecendo informações aos rebeldes e começou a nos ameaçar. Outros simplesmente foram embora, em alguns casos, apertaram a mão dos repórteres e disseram adeus", relatou o jornalista da AP, Dario Lopez-Mills, que está preso no hotel.
"Dois telefones via satélite foram destruídos a tiros no balcão, então paramos de transmitir nosso material. Esperamos e ficamos preocupados que o oficial ficasse hostil a qualquer momento", completou o jornalista.
O repórter ainda descreve o hotel como "uma prisão de US$400 por noite, com spa, mas sem energia ou ar-condicionado, com candelabros nos corredors, mas sem clima de romance".
Segundo Lopez-Mills, os jornalistas não sabem ao certo que está no controle da cidade, mas perceberam mudanças nas últimas horas.
"Não sabemos quando isso vai acabar, e vemos pouco de onde estamos. Não estávamos lá quando Bab al-Aziziyah foi capturado em menos de 24 horas depois de Saif [um dos filhos de Gaddafi] ter nos levado até lá. Ele não foi mais visto por aqui desde então", diz o jornalista, que finaliza o relato dizendo que pode contar "a história de jornalistas presos, mas a verdaderia história da Líbia está lá fora. Infelizmente, não podemos contá-la".
Repórter relata situação em hotel em Trípoli e diz que jornalistas foram ameaçados
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