Um grupo de cinco funcionários da Funai que atua em um posto na selva amazônica se diz "cercado" por traficantes armados em território brasileiro, próximo à fronteira com o Peru. Eles temem que haja um ataque dos traficantes a aldeias de índios isolados.
A base da Funai fica às margens do rio Xinane, a cerca de 23 km da fronteira peruana e 231 km da cidade brasileira mais próxima, no Acre.
Parte desses índios, cuja etnia ainda não foi completamente identificada, tem sido filmada e fotografada desde 2008, o que atraiu a atenção internacional. A base do Acre é uma das seis em atividade no país dedicadas à proteção de índios isolados.
A equipe da Funai no posto é formada por alguns dos mais experientes servidores do órgão, como o coordenador-geral de Índios Isolados da direção da Funai em Brasília, Carlos Lisboa Travassos, e o sertanista José Carlos Meirelles, que há mais de duas décadas atua na região.
Por e-mail, Travassos descreveu a situação. "Estamos totalmente cercados. Temos fortes indícios de que eles estão divididos em três flancos. Não temos por onde correr. E não faremos, até que se tomem providências."
Travassos disse ter certeza de que os invasores são provenientes do Peru e estão armados.
A primeira vez que os servidores da Funai viram o grupo de supostos traficantes foi no último dia 23. Os servidores então deixaram a base e pediram apoio da Polícia Federal, que enviou equipe de Cruzeiro do Sul (AC). Quando regressaram, descobriram que o posto havia sido saqueado pelos invadores
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