O vereador Salmito Filho (PT) anunciou ontem, na Câmara Municipal de Fortaleza, a desfiliação do ex-parlamentar e médico, José Maria Pontes, do Partido dos Trabalhadores (PT). Em documento, Pontes informa que era “doloroso” assinar o pedido de desfiliação, mas não se sentia “mais à vontade” para permanecer no partido. Ele, inclusive, já entregou o pedido à Executiva da legenda.
Filiado há 20 anos ao PT, Pontes é crítico da gestão Luizianne Lins e do PT nacional, por conta disso estava afastado das discussões partidárias. Ele, na carta de desfiliação, ressaltou que sua vida política sempre foi pautada na defesa da ética e da luta contra as injustiças, além da defesa pela cultura de paz. E agradeceu aos demais filiados de partido.
Ao jornal O Estado, Pontes disse que não ter havido nenhum fato determinante para sua desfiliação. Porém, alguns posicionamentos da legenda acabaram por influenciar sua decisão. “Sempre aprendi dentro do PT a comportar-me eticamente com as decisões da coletividade”, ressaltou o ex-vereador, acrescentando que “mão me desfiliei para engajar em outro partido”. O ex-parlamentar observou ainda que, independentemente de corrente ideológica ou partidária, sempre se posicionará desta forma.
Ao final da leitura, Salmito lamentou a decisão, pois, para ele, o partido perde um grande quadro político. Já João Alfredo (PSOL), ex-filiado do PT, também se congratulou com a decisão de José Maria Pontes. Segundo o socialista, o PT acabou se contaminando com o processo. Ou seja, perdendo suas “grandes bandeiras de luta”. Embora já tivesse ouvido falar, Guilherme Sampaio (PT) se mostrou surpreso. E em nome da bancada do PT, na Câmara, agradeceu a contribuição do ex-petista à legenda.
Também na sessão de ontem, os vereadores Walter Cavalcante e Vitor Valim oficializaram suas filiações ao PMDB. Com isso, o partido passa a ter maior bancada na Câmara. Agora, com seis vereadores.
DISCÓRDIA
Oposição à atual gestão municipal, Valim disse que irá se curvar diante dos posicionamentos do partido, mesmo discordando da maioria. Isso porque, segundo os parlamentares, a instrução é “união total” da bancada. Ou seja, qualquer decisão deve ser tomada em conjunto. Já Cavalcante afirmou que o PMDB está passando por um processo de estruturação, que, portanto, futuramente discutirá sobre sucessão municipal de 2012.
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