“Ainda falta patriotismo ao povo brasileiro e cearense”. Esta é a opinião da presidente da Liga de Defesa Nacional, diretoria Ceará, Margarida Borges. No dia em que comemora-se o 7 de Setembro, data da Independência do Brasil, o conceito de civilidade e amor à pátria ainda divaga entre os brasileiros que, por falta de consciência política ou cultural, não têm o mesmo fervor nacionalista de outros países, inclusive sul-americanos. Entretanto, uma figura histórica começa a fazer parte do cenário dos tradicionais desfiles militares, o Fogo Simbólico da Pátria.
Em Fortaleza, o carregamento da tocha e o acendimento da pira abrem o desfile de 7 de Setembro há seis anos. Geralmente, um atleta militar é o responsável de levar o símbolo até o palanque principal e apresentá-lo à principal autoridade presente ao evento. Este ano, o tenente do Exército, Feitosa, será o principal figurante da Guarda de Honra formada por oito militares e oito estudantes de escolas públicas estaduais, municipais e particulares.
De acordo com Margarida Borges, 26 municípios cearenses realizam o ato de acender a pira durante as comemorações da Independência do Brasil. O município de Redenção foi o pioneiro, no Ceará, mesmo não possuindo grupamento do Exército. “Geralmente, a solenidade é realizada em cidades que possuam Guarda de Tiro, mas o Exército vem fazendo parcerias com prefeituras que não têm grupamento militar para que elas também realizem o Fogo Simbólico”.
A presidente da Liga de Defesa Nacional revelou que ainda falta um longo caminho para que os brasileiros tenham um sentimento patriota comparado aos Estados Unidos, Chile e Argentina. De acordo com ela, a amor à Bandeira Nacional pode ser capaz de desenvolver uma nação mais segura e politicamente correta. A presidente da Liga disse ainda que o patriotismo é uma ferramenta imprescindível, inclusive, para a diminuição da corrupção e dos problemas sociais.
“Acho muito bonito quando vejo as casas dos americanos decorandas com bandeiras. No Chile e na Argentina não é diferente. Quando estive em Buenos Aires, cansei de presenciar grupos de pessoas nas praças discutindo os rumos políticos do país. Eles estão muito à frente da gente. É um sonho pessoal ver o povo brasileiro mais politizado e, consequentemente, mais patriota”.
SURGIMENTO DO “FOGO”
Margarida Borges explicou que o Fogo Simbólico da Pátria surgiu em 1937, como ideia de um grupo de patriotas, no Rio Grande do Sul, que procurava um símbolo que representasse o ardor cívico do nosso povo. A escolha recaiu sobre o fogo, elemento cuja descoberta deu início à evolução do homem, sendo idealizado pelo jornalista e poeta Olavo Bilac. “O Fogo da Pátria foi criado como um símbolo do ardor brasileiro pela Nação”.
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